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TROTE SOLIDÁRIO

Calouros da Uepa combatem o Aedes aegypti em trote solidário

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/02/2017 00h00

O Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) ganhou cores e novos espaços na manhã desta sexta-feira (17), durante o Trote Solidário. Este ano, o tema “CCSE, meu Centro. Eu respeito e cuido” buscou incentivar nos calouros o apreço pelas dependências da instituição, onde conviverão nos próximos anos. Além de pinturas nos muros e criação de um jardim, os novos alunos realizaram ações de combate a focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de várias doenças.

Para preparar os calouros, uma palestra sobre Educação Ambiental fez parte da programação da Semana de Acolhimento. A manhã ensolarada permitiu que, desde cedo, os estudantes preparassem o campus para o ano letivo. Concentrado no lixamento de pallets que serão usados em uma pequena horta, o calouro de matemática Matheus Martins, 17 anos, viu no Trote Solidário uma boa oportunidade para interagir com os colegas.

“Eu nunca tinha visto algo do tipo. É trabalhoso, mas fica divertido, a gente aproveita para se conhecer mais, tanto os outros calouros quanto os veteranos”, disse ele. O colega de turma, Walter Brandão, 28 anos, também aprovou a iniciativa. “A gente ouve falar de trotes ruins nas notícias, e esse aqui é muito positivo. Vai deixar algo de bom para o campus”, afirmou.

Diversas mudas doadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belém (Semma) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foram utilizadas no jardim, que vai ocupar a área que há pouco serviu como canteiro de obras durante a construção da passarela de acessibilidade ao Bloco 4 e do auditório Paulo Freire. Canteiros foram escavados e pneus velhos pintados nas mais diversas cores, para servirem de vasos.

“A nossa horta deve sair até o final do ano, pois ainda temos alguns detalhes a acertar. A nossa intenção com tudo isso é melhorar o campus, não apenas para os alunos, mas também para a comunidade”, informou Bruna Bonfim, integrante do Centro Acadêmico de Pedagogia, responsável pelo paisagismo junto com o Centro Acadêmico de Matemática.

Caçada ao mosquito - Os estudantes das Licenciaturas de Ciências Naturais decidiram desenvolver uma atividade na área de saúde pública: um grupo de calouros buscou por todo o campus possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. “Fizemos uma fórmula para exterminar as larvas do mosquito, para mostrar aos calouros como os conhecimentos de Química podem ser aplicados. Assim, eles entram em contato com o curso e ainda promovem uma boa ação para todos”, explicou Leonan Leonardo, representante do Centro Acadêmico de Ciências Naturais.

Os calouros distribuíram entre os colegas pequenos vidros contendo um repelente caseiro, feito com álcool de cereais, cravo da Índia e óleo corporal. Entre as atividades do Trote Solidário, os calouros aprenderão a fazer fertilizante, que será usado tanto no jardim quanto na horta do CCSE.

Já os membros do Centro Acadêmico de Letras se responsabilizaram pela pintura dos muros do CA. Algumas paredes serão cobertas com tinta lousa e, futuramente, receberão periodicamente poemas selecionados pelos estudantes do curso. As ações devem durar todo o ano, e envolverão ainda os calouros que ingressam na Uepa apenas no segundo semestre.

Respeito - “Todos os anos o Centro faz o Trote Solidário, que recebe material escolar dos calouros para doação. Mas, este ano, percebemos um número alto de danos ao patrimônio do CCSE, como cadeiras quebradas e etc. Então, quisemos conscientizar o calouro de que o Centro é dele, e o patrimônio público precisa ser respeitado”, ressaltou Tâmara Duarte, assistente de pedagogia da Coordenação de Apoio e Orientação Pedagógica (Caop), que esteve à frente do planejamento.

A organização do trote mobilizou a gestão do CCSE, todos os Centros Acadêmicos e envolveu também as coordenações dos cursos e projetos de extensão, como o Herbário. A curadora do Herbário, professora Flávia Lucas, intermediou a doação das mudas que agora enfeitam o Centro. “Foi uma colaboração de todo o Centro e deu bastante certo. Vamos avaliar o retorno dos calouros e pensar nas próximas ações”, disse a professora.