Com Projeto Flora do Utinga, Ideflor-Bio amplia atuação para preservação de espécies
Objetivo é fortalecer e manter a biodiversidade do Parque Estadual, localizado na capital paraense
Aproximadamente 700 espécies de fungos e plantas do Parque já foram catalogadasRealizado via cooperação entre o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), o projeto “Flora do Utinga”, em Belém, contribui para a preservação da Amazônia urbana, e gera conhecimento científico por meio de pesquisas que atuam nas quatro Unidades de Conservação da Região Metropolitana de Belém: Parque Estadual do Utinga, Áreas de Proteção Ambiental de Belém e da Ilha do Combu, e no Refúgio da Vida Silvestre Metrópole da Amazônia.
Na semana marcada pelo Dia da Terra, celebrado em 22 de abril, vale o destaque a uma iniciativa que tem como objetivo fortalecer e preservar a biodiversidade do Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, localizado na capital paraense. Desde o início das atividades, em 2018, aproximadamente 700 espécies de fungos e plantas do Parque já foram catalogadas, sendo que muitas das espécies ainda não haviam sido registradas no Estado do Pará - como a nova espécie da família Sapindaceae, do mesmo gênero do Guaraná da Amazônia (Paullinia obovata), registrada na Área de Proteção Ambiental (APA) de Belém pelo pesquisador do Museu Goeldi e coordenador do Projeto Flora do Utinga, Leandro Ferreira.
A nova espécie da família Sapindaceae, do mesmo gênero do Guaraná da Amazônia (Paullinia obovata)
“Fazemos registro fotográfico e coletas de espécies de plantas e fungos por meio de visitas sistemáticas de monitoramento. Quando começamos, o banco de dados contava com cerca de 150 espécies de árvores. Dois anos depois, já estamos perto de 700 espécies catalogadas, o que representa um salto muito grande e mostra a importância das UCEs para a biodiversidade", analisa.
Leandro Ferreira, pesquisador do Museu Goeldi e coordenador do Projeto Flora do UtingaImportância – Dentre as mais significativas descobertas científicas associadas ao "Flora do Utinga", constam a ampliação da distribuição de algumas espécies de plantas cuja ocorrência não estava citada para a Amazônia brasileira, a Amazônia oriental e o Pará. Isso reforça a importância de levantamentos biológicos em longo prazo.
"Além disso, o projeto implantou um conjunto de parcelas permanentes de vegetação para estudar a dinâmica da vegetação do Parque, que são informações fundamentais para seu manejo. Outra importante contribuição do Projeto Flora do Utinga foi inseri-lo como um importante local para o desenvolvimento de pesquisas, contribuindo para a formação de recursos humanos em nível de graduação e pós-graduação”, destaca Leandro.
Karla Bengtson, presidente do Ideflor-BioDe acordo com a presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, "Nossas Unidades de Conservação, além de produzir um acervo de conhecimento que nos ajudam a subsidiar decisões, implementar ações e executar projetos, auxiliam na gestão da área de desenvolvimento florestal do Pará”.