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VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR

Inovação no serviço público do Estado transforma vidas e realiza sonhos

Por Governo do Pará (SECOM)
21/04/2021 14h31

“A sensação de passar no vestibular foi única, pra mim e pra minha família. Eu não imaginava que após o terceiro ano já entraria na faculdade e no curso que eu sempre sonhei, ainda mais em uma federal”, comemorou Ana Clara Rabelo, aluna da Escola Cordeiro de Farias e recém aprovada para o curso de Biologia na Universidade Federal do Pará (UFPA).Ana Clara comemorando a aprovação em Biologia na UFPA

Ela nasceu em uma vila do município de Marapanim, veio morar em Belém com seus pais aos 9 anos e sempre sonhou com este momento, não deixando a pandemia de Covid-19 ser um empecilho para a tão desejada aprovação. “Conseguimos estudar pela internet, o que com certeza foi o meu diferencial, e para o vestibular meu foco foi a redação”, disse.

Ana Clara foi uma das alunas que durante os anos de 2019 e 2020 participou do projeto “Educação mão na massa: educação para muito mais além do Enem”, desenvolvido na Escola Cordeiro de Farias e coordenado pela professora de Filosofia Aline Rossi.

“O projeto consistiu em focar em dois pontos centrais: a identificação dos sonhos individuais e a construção do projeto de vida de cada um”, explica a docente, que durante a pesquisa inicial para o desenvolvimento da iniciativa, descobriu que os alunos, mesmo com dificuldades pessoais, viam a escola como um lugar para a realização de sonhos. 

“A partir disso, o plano anual da disciplina de Filosofia passou por uma reformulação total, com aulas práticas relacionadas ao desenvolvimento pessoal de cada aluno e com o conteúdo preparatório para o Enem”, afirma Rossi. 

A prof. de Filosofia, Aline Rossi: Projeto Educação Mão na MassaPara Aline, as pessoas foram sua principal motivação. “Fui cativada profundamente pelos profissionais muito atenciosos e preocupados com os alunos, direção e coordenação acessíveis, alunos e pais próximos e participativos. Compreendi que também precisava contribuir de alguma maneira com a comunidade, não ser mais uma”.

Inovação no serviço público
Implantado pela Organização das Nações Unidas e celebrado no dia 21 de abril, o Dia Mundial da Criatividade e Inovação é ideal para relembrar que o projeto da Aline Rossi tem mais um diferencial: foi vencedor do 1º Prêmio Inova Servidor, desenvolvido pela Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA). A premiação busca valorizar as iniciativas inovadoras de servidores que, com criatividade, podem mudar a vida de pessoas que utilizam serviços públicos. 

“Vi que inscrever o projeto era uma forma de mostrar para os alunos que tudo o que fazemos em equipe e com o objetivo de colaborar com o bem coletivo, alcançamos maior visibilidade e sucesso. Era a oportunidade de tornar os alunos protagonistas de algo relevante e ainda não experimentado por eles”, afirma Aline.

O Prêmio Inova Servidor é desenvolvido a partir do Laboratório de Inovação da EGPA, que incentiva e apoia as práticas de inovação no serviço público, promovendo cursos, premiações e dando suporte para outras secretarias estaduais que buscam estabelecer ações transformadoras.
Novas inscrições

A edição de 2021 da premiação já está com as inscrições abertas e podem participar servidores em atividade na esfera estadual, abrangendo os poderes executivo, legislativo e judiciário, que atuem na administração direta, autárquica, e fundacional, bem como empresas públicas e sociedades de economia mista. Todas as informações sobre o Inova Servidor deste ano já estão disponíveis em egpa.pa.gov.br. 

“A nossa ideia é estimular que os servidores façam o registro de ações inovadoras, inéditas ou em andamento. Queremos transformar ideias em algo concreto e fortalecer a noção de que uma instituição pública pode contribuir na transformação do mundo”, explica o coordenador do Núcleo de Programas de Valorização do Servidor da EGPA, Lucílio Nery.

Iniciativas como as da Aline promovem mudanças na vida de quem, no dia a dia, utiliza serviços públicos. Elas podem parecer simples, mas fazem uma grande diferença. A felicidade de Ana Clara, ao ser aprovada no vestibular, é combustível para que cada vez mais iniciativas sejam executadas. 

“A escola e, principalmente os professores, incentivaram meu sonho de entrar na universidade. Ver professores como eu, negros, me mostraram que eu também posso chegar lá. As aulas nos apresentavam a matéria de uma maneira dinâmica e diferente, nos encorajaram e vimos que a gente tinha espaço, tinha local de fala, tinha oportunidades. Espero que todos os alunos possam ter essa mesma experiência”, finaliza Ana Clara.

*Por Isabela Quirino (Ascom / EGPA).