Premiação reconhece trabalho dos profissionais da educação pública
“A mensagem de incentivo para nós, profissionais da educação, é de que não devemos desanimar e de que nossos esforços sempre serão recompensados no final, de alguma maneira. Ser professor é muito mais do que ministrar aulas. É ocupar lugar de destaque na vida de muita gente. A responsabilidade é grande, mas não chega aos pés da gratificante certeza de colaborar para a formação de seres humanos, porque o verdadeiro mestre não se restringe ao intelectual. Ele incentiva o amadurecer, o desabrochar, o construir, o viver, com lições válidas para toda a existência”, ressalta o professor Américo Júnior Farias Sales, da Escola Estadual de Ensino Técnico e Educação Profissional (Etepa) de Paragominas, na região nordeste.
Junto com os professores Carlos Alberto Vieira Ribeiro, da Escola João XXIII, localizada em São Sebastião da Boa Vista, no Arquipélago do Marajó, e Vilmar Andrade do Nascimento, da Secretaria Municipal de Educação de Tucumã, município do sudeste paraense, Américo Sales foi premiado pelo governo estadual na 2ª edição do Sistema de Reconhecimento do Pacto pela Educação do Pará, concedida em novembro do ano passado, por meio de sorteio, aos professores cujos alunos obtiveram os melhores desempenhos no Sistema Paraense de Avaliação Educacional (SisPAE) em 2015.
Os três professores, todos da rede pública de ensino do Pará, embarcaram no dia 26 de janeiro para uma Jornada de Aprendizagem no Rio de Janeiro (RJ), onde conheceram o Ginásio Experimental Olímpico Dr. Sócrates, o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio (MAR), além do Pão de Açúcar e outros pontos turísticos.
Segundo o professor Américo Júnior Sales, a jornada foi uma experiência única e inesquecível, já que a cidade do Rio de Janeiro tem uma cultura única e admirável. Para ele, esse reconhecimento pelos resultados alcançados em sala de aula é muito importante, pois incentiva e valoriza cada vez mais o profissional da educação, fazendo com que se dedique ainda mais e melhor ao trabalho.
Visões e conceitos - Para o professor Vilmar do Nascimento, a convivência foi um dos maiores aprendizados, pois eram três educadores de diferentes visões de mundo e conceitos. “Tínhamos um conhecedor das águas e das ilhas, outro de setores ligados à indústria, e o último da área ligada aos indígenas, nos falando sobre a preservação e o respeito para com a natureza e a preservação dos valores dos povos indígenas, concretizando uma bela aula de respeito às diferenças”, informa.
Ele também destaca que o educador precisa ter em mente que suas ações conspiram a seu favor e ajudam na evolução da ciência, da arte e da história. “Creio que um dos diferenciais percebidos por todos os professores da jornada está na ação do diferente. Isso se tornou real na visita ao museu de arte. Aquela visita foi a oportunidade de conhecer a historicidade dos elementos constituídos da historiografia brasileira, com a realidade vivida pelas famílias cariocas das favelas, assim como as dos rincões brasileiros, em especial da Amazônia”, destacou Vilmar do Nascimento.
Reconhecimento - Os professores foram premiados durante a cerimônia do Sistema de Reconhecimento do Pacto pela Educação do Pará realizada no início de novembro passado. Durante o evento, foram reconhecidos os desempenhos de alunos, professores, gestores, coordenadores pedagógicos e secretários municipais de educação, em função dos bons resultados obtidos.
O SisPAE, base do Sistema de Reconhecimento, é um dos programas que compõem o Pacto pela Educação do Pará, uma diretriz do governo do Estado, e avalia anualmente o aprendizado em Língua Portuguesa e Matemática de milhares de estudantes, possibilitando um diagnóstico educacional de escolas e redes de ensino, e assim contribuindo diretamente para a melhoria do processo de aprendizagem. Só no ano passado, 564 mil alunos dos ensinos fundamental e médio, de 4.105 escolas públicas estaduais e municipais, participaram da avaliação.
