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Encontro em Brasília discute a cadeia produtiva do açaí

Por Redação - Agência PA (SECOM)
07/03/2017 00h00

Um encontro na sede do Ministério da Agricultura, em Brasília, teve como tema principal um produto que faz parte do dia a dia dos paraenses: o açaí. Na reunião, foram anunciadas medidas para impulsionar a cadeia produtiva do açaí, fonte de renda de cerca de 13 mil produtores no Pará, tendo grande importância socioeconômica no estado, que é o maior produtor, envolvendo 300 mil pessoas em 54 municípios. O cultivo do açaizeiro no Pará movimenta mais de R$ 3 bilhões por ano.

O melhoramento do material genético, a introdução de boas práticas de cultivo e de manejo, incluindo a sustentabilidade, e aumento da assistência técnica foram citados como fatores impulsionadores da cadeia produtiva. No encontro, foram anunciadas medidas para solucionar problemas ligados ao transporte, acondicionamento, segurança e de controle de qualidade. Foi destacada também a necessidade de investir em equipamentos, na automação da agroindústria e na pasteurização.

O secretário substituto de Mobilidade e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Neto, disse que instituições ligadas ao desenvolvimento do setor  trabalham para agregar valor ao produto, melhorar as condições de mercado e a renda dos produtores. Neto disse que está sendo elaborado um plano de trabalho que inclui ações imediatas e de médio prazo para melhorar as condições de produção do açaí. Um dos problemas enfrentados é a contaminação microbiológica e por barbeiro.

Pará 2030

Paralelamente às ações anunciadas pelo Governo Federal, o Governo do Pará já implementa ações que visam melhorar e aumentar a produção de açaí, estabelecendo a verticalização não só desse, mas de vários produtos que têm no estado sua maior fonte de matéria-prima. Um dos principais mecanismos é o Programa Pará 2030, um incentivo à verticalização das cadeias produtivas.

Durante a elaboração do plano foram diagnosticadas 23 oportunidades de investimento e, desta análise, foram eleitas 14 cadeias produtivas prioritárias, entre elas estão a agricultura familiar sustentável, grãos, logística, verticalização do pescado, turismo e gastronomia, além, é claro, a produção e verticalização do açaí, entre outros. O plano se desdobra em 70 iniciativas, 280 ações e 1.400 marcos de implementação que serão fundamentais para dinamizar a economia e melhorar os indicadores socioeconômicos nas diversas regiões paraenses.

Para o governador Simão Jatene, “o Pará hoje vive em uma fase de transição muito importante e é dessa soma de esforços que chegamos ao 'Pará Sustentável'. E esses três 'Parás' que o compõem se complementam”, afirmou. “Temos grandes desafios e projetos viáveis com aceitação da sociedade. Essa é uma responsabilidade em conjunto e em tempo de crise econômica nacional temos que redesenhar o modelo de gestão, pois só assim conseguiremos lidar com os grandes vilões do nosso Estado, que são a pobreza a e desigualdade", concluiu o governador Simão Jatene.