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COMBATE À PANDEMIA

Governo do Pará cria 2.150 leitos hospitalares exclusivos para pacientes de Covid-19

A ampliação de leitos contempla todas as regiões, garantindo atendimento adequado aos infectados pelo novo coronavírus

Por Mozart Lira (SESPA)
08/04/2021 20h14

Mais de 2 mil leitos são garantidos pelo governo do Estado para pacientes de Covid-19Como parte do plano estratégico para conter a Covid-19 em todas as regiões do Estado, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), já abriu 2.150 leitos, entre clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), exclusivos para o tratamento da doença. Até o início de março deste ano, a oferta era de 1.443 leitos. Nos últimos 30 dias foram oferecidos 702 leitos a mais ao enfrentamento da pandemia.

As ampliações neste semestre vão continuar, e mais 20 leitos de UTI serão criados pelo Estado nos próximos dias, sendo 10 no Hospital Regional de Castanhal (município da Região Metropolitana de Belém) e os demais no Hospital Regional Público do Araguaia, no município de Redenção, na região Sul.Leitos clínicos e de UTI garantem atendimento à população em todas as regiões do Pará

De acordo com o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, essas medidas são adotadas pelo governo para garantir atendimento hospitalar à população. “Devido à atuação da equipe técnica da Sespa, que monitora os 144 municípios para saber quais regiões precisam de mais suporte, abrimos muitos leitos desde o início do ano. Mas a maior demanda que estamos tendo nessa segunda onda foi que mais hospitais tiveram que se voltar ao atendimento de casos de Covid”, destacou o secretário.

Diante desse cenário, nos últimos três meses o governo estadual se empenhou na ampliação de leitos exclusivos para a Covid nas cidades-polo, para garantir a descentralização do atendimento. Na região Oeste, por exemplo, foi intensificada a oferta de leitos clínicos e de UTI no Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, e reaberto o Hospital de Campanha, que já atendeu mais de 200 pessoas desde fevereiro.Há leitos disponíveis na rede pública e em unidades da rede privada contratados pelo Estado

A progressão de leitos para o tratamento da Covid-19 ocorreu ainda nas demais regiões. No Sudeste, o governo abriu na quarta-feira (7) mais 10 leitos de UTI em Marabá, chegando a 40 leitos no Hospital Regional, além da parceria na abertura de leitos no Hospital Municipal. No município de Parauapebas, também no Sudeste, no mesmo dia a gestão estadual abriu mais 28 leitos de UTI, anexos ao Hospital Geral do município.

“Essas medidas são adotadas a partir de critérios científicos, de forma que avaliamos as regiões com mais pressão no sistema de saúde, para ampliar a cobertura hospitalar e aproximar os atendimentos em cada microrregião, inclusive trabalhando em parceria com as gestões municipais e contratualizando leitos com a iniciativa privada, conforme a necessidade”, informou o titular da Sespa.

Ampliação da rede hospitalar - As demais medidas que resultam na ampliação de leitos exclusivos para tratamento de pacientes com a Covid-19 incluem a reativação do Hospital Regional de Castanhal, que se tornou referência principalmente para unidades regionais de Castanhal, Capanema e São Miguel do Guamá. O mesmo ocorreu com o Hospital Regional do Tapajós, em Itaituba, que prossegue atendendo pacientes com Covid-19 encaminhados pelos municípios das regiões Tapajós e do Baixo Amazonas, no Oeste do Pará.

Desde a alteração do perfil de especialidades para tratamento de Covid-19, no último dia 11 de março, o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, no distrito de Icoaraci, em Belém, já registrou mais de 150 altas médicas de pessoas que venceram a doença. Atualmente, o Hospital opera com 65% de sua capacidade de leitos clínicos e de UTI exclusivos para Covid-19.

Na Região Metropolitana da Belém, as estratégias do governo estadual em combater a Covid-19 também reforçaram a ampliação de leitos no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna; Hospital Ophir Loyola e Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, e ainda no Hospital Divina Providência, em Marituba, e Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua (ambos na RMB).

Na capital, o Hospital Galileu também voltou a atender, em março deste ano, pacientes encaminhados com a Covid-19. A unidade dispõe de 10 leitos de UTI e 90 leitos clínicos exclusivos para o tratamento da doença. Desde o dia 18 de março, o Hospital Jean Bitar foi outra unidade do Estado a ser designada a atender pacientes infectados pelo novo coronavírus, dispondo de 40 leitos clínicos e outros 10 de UTI exclusivos para Covid-19.

Outra frente de combate à Covid-19 mantida pelo Governo do Pará é o Hospital de Campanha de Belém, instalado no Hangar – Centro de Convenções. Em quase um ano de funcionamento, a Unidade já atendeu 5.392 pessoas. Até a manhã desta quinta-feira (8), a estrutura mantinha 329 pacientes internados, sendo 124 em leitos de UTI. Só nos últimos 30 dias foram abertos no Pará 702 leitos

Em todas as regiões - A ampliação de leitos pela gestão estadual também chegou à Associação Beneficente São José, em Castanhal; Hospital Regional Público do Leste, em Paragominas; Hospital Regional Público do Araguaia, em Redenção; Hospital Regional de Conceição do Araguaia, na região Sul; Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém; Hospital Nove de Abril da Divina Providência de Deus, em Juruti; Hospital Regional do Sudeste do Pará, em Marabá; Hospital Regional Público do Lago de Tucuruí; Hospital Público do Marajó, em Breves; Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria e Hospital Geral de Bragança; Hospital Regional do Baixo Tocantins Santa Rosa, em Abaetetuba, e Hospital Santo Agostinho, Hospital Geral de Altamira São Rafael e Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira. A iniciativa do governo contempla todas as regiões do Pará.

Para o secretário adjunto de Gestão de Políticas de Saúde da Sespa, Sipriano Ferraz Júnior, todas essas medidas fazem parte do empenho do Governo do Pará em não deixar nenhum paraense sem atendimento. “É um momento de contingência, em que se fez e ainda é necessário continuar readequando nossa rede hospitalar e priorizar os pacientes de Covid-19, principalmente para conseguir esvaziar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e prontos-socorros com mais brevidade, para que esses pacientes não agravem”, explicou Sipriano Ferraz.