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Projeto Mundiar abre matrículas nesta segunda-feira (20)

Por Redação - Agência PA (SECOM)
19/03/2017 00h00

Nesta segunda-feira, 20, será publicada no portal da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) a relação das escolas aptas a realizarem matrículas de alunos através do projeto Mundiar. A rede está preparada para receber mais de 17 mil novos alunos, com as seguintes caracteristicas: para concluir o ensino fundamental podem ingressar alunos a partir de 13 anos, além dos estudantes a partir de 17 anos que ainda não conseguiram concluir o ensino médio. O Mundiar tem atualmente mais de 30 mil alunos matriculados .

O projeto é realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho com o objetivo de corrigir a distorção escolar idade/ano e reduzir a repetência e evasão de alunos da rede pública de ensino.

Para fazer a formação dos professores que lecionam utilizando a metodologia telesala do Mundiar, a Seduc encerrou na última sexta-feira, 17, a formação de 275 professores de quatro polos do Mundiar: Belém, Santarém, Castanhal e Marabá. A formação dos pólos Belém, Santarém e Marabá ocorreu na Faculdade Maurício de Nassau, em Belém. “A formação continuada é referente a 3ª entrada (turmas de 2016 do projeto), oportunidade na qual os professores obtem informações dos componentes curriculares das disciplinas que serão ministradas durante o ano letivo  e também tirem suas dúvidas sobre o projeto e metodologia de ensino”, enfatizou Marcos Lopes, coordenador estadual do Mundiar.

No mesmo período foi realizada a formação dos professores do polo Castanhal naquele município.

Educação Indígena - Participaram da formação em Belém três professores indígenas da etnia Gavião de Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do Pará, que foi a primeira nação indígena do Estado a receber em suas aldeias o projeto Mundiar. Ao todo voltaram para a sala de aula 91 indígenas no ensino fundamental (56) e médio (35). A maioria dos alunos estuda na Escola Estadual Tatakti Kyikatêjê, mas há ainda uma turma na aldeia Akrãtikatêjê e uma turma de ensino médio na Aldeia Koyakati do povo Kyikatêjê.

Os professores Renato Sisdazê Xerente e Doriel Tarracanã Karajá são formados em Ciências Naturais pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) e vivem a experiência de lecionar para o próprio povo, pois as comunidades indicaram professores das próprias aldeias para a docência nas turmas por entenderem que estão próximos da realidade sociocultural e linguística e por isso podem realizar adaptações para a adequação da proposta ao contexto indígena. “A formação nos ensina a ter mais visão para colaborar com a educação da nossa comunidade e também nos mostra alternativas para lidar com algumas dificuldades com o aprendizado provocada justamente pela timidez que os indígenas enfrentam em sala de aula”, disse Renato.

Ao todo, a Escola Estadual Tatakti Kyiatejê tem 360 alunos indígenas matriculados no ensino médio e fundamental. “Nós a partir da formação estaremos aptos a fazer nosso plano de aula, assim como organizar o trabalho em sala de aula e colaborar da melhor forma possível com a educação do nosso povo, para que eles também tenham oportunidade de entrar para uma universidade”, ressaltou Doriel.