Governador do Pará reforça pacto nacional de combate à pandemia
O governador do Estado, Helder Barbalho, reforçou nesta segunda-feira (8), que o Pará é favorável à criação de um "pacto nacional" com medidas restritivas e preventivas para diminuir o pico da pandemia de Covid-19 registrado nas últimas semanas. Até o momento, Governadores de 22 estados e do Distrito Federal manifestaram posição favorável às medidas.
"Nós estamos vivendo um momento preocupante em todo o Brasil, diferente da primeira onde os estados tinham calendários distintos em relação a doença, neste momento o Brasil inteiro está vivendo a pressão no Sistema Único de Saúde. Dos 27 Estados, cerca de 23 estão com fila de espera para leitos de UTI, e graças a Deus o Pará não está nessa situação, portanto isso requer uma atenção redobrada. Nós, governadores, estamos dialogando no intuito de construir uma mensagem nacional de padroninzação de comportamento sanitário e orientação da população, demonstrando a necessidade de entender que o vírus continua circulando e essa segunda onda demonstra uma propagação de infeccção maior, o que requer uma orientação maior para a população", destacou o governador Helder Barbalho.
De acordo com o chefe do Executivo Estadual, a ideia é que sejam incluídas no pacto algumas iniciativas básicas, que sirvam para todos, e que, a partir disso, cada estado tome outras decisões de acordo com a necessidade local. Mas o principal objetivo é alertar a população de que o momento é crítico e que a circulação de pessoas seja reduzida, sendo a melhor forma de diminuir a ocupação nos hospitais. "Precisamos de uma grande união para que possamos vencer a pandemia enquanto a vacinação não chega a uma escala adequada de imunização", completou Helder Barbalho. Só para se ter uma ideia, o país aplicou doses em apenas 3,88% da população até o momento.
Mais vacinas - O Pará deve receber 1,5 milhão de doses de vacinas contra a Covid-19 até o dia 30 de março. A informação foi repassada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao governador Helder Barbalho, durante reunião em fevereiro, em Santarém, no oeste paraense.
O governador anunciou, no dia 23 de fevereiro, que vai comprar 3 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 de laboratórios credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a aquisição de doses por estados e municípios.
Mesmo com a nona maior população do Brasil - 8.702.353 habitantes -, o Pará é o estado que recebeu, proporcionalmente, a menor quantidade de vacinas contra a Covid-19. O Governo Federal enviou 481.040 doses, suficientes para imunizar apenas 2,10% da população, o que coloca o Estado em último lugar no ranking nacional da vacinação.
"Há uma decisão do STF, que caso o Ministério da Saúde não ofereça as vacinas, os Estados e municípios estão autorizados a fazer a compra. Mas apenas se o Ministério não o fizer. Mesmo assim, desde o ano passado, nós já distribuimos memorandos de intenções de compras para os laboratórios que tem eficácia comprovada na eficiência das vacinas, mas mesmo havendo recursos e intenção, os calendários não apresentam ofertas adequadas. Além disso, não podemos esquecer que não podemos vacinar sem que a vacina seja liberada pela Anvisa, por isso estamos trabalhando com Fórum de Governadores da Amazônia para fazer com que os laboratórios possam ofertar as doses para o território brasileiro. Aqui no Pará já temos recursos para três milhões de doses de vacinas extras, além daquilo que o Ministério da Saúde tem disponibilizado, além disso, estamos cobrando do Ministério que possa cumprir com sua obrigação como gestor do plano nacional de imunização", finalizou o governador.