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Plano emergencial contra a febre amarela chega a Curuá

Por Redação - Agência PA (SECOM)
27/03/2017 00h00

A equipe técnica da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) começou a fazer a identificação das localidades onde morreram macacos e o trabalho de vacinação nas comunidades rurais de Curuá, um dos cinco municípios do oeste paraense onde o Governo do Estado põe em prática o plano emergencial contra a febre amarela. Nesta segunda-feira, 27, uma reunião com os agentes comunitários de saúde na Câmara Municipal é o ponto de partida do trabalho, que inclui a distribuição de folders educativos para orientar a população sobre formas de prevenir a doença.

Curuá está na área considerada endêmica, assim como Óbidos, Oriximiná, Monte Alegre e Alenquer – onde as ações para combater a febre amarela receberam reforço do governo no último fim de semana, com o envio de equipes de saúde do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar, além do destacamento de duas aeronaves (helicóptero e avião) para atender situações de emergência. As mortes de macacos – por febre amarela ou não – sinalizam onde o vírus da doença pode estar circulando.

Esse é um dos trabalhos do médico veterinário Roberto Brito, que compõe a missão da Sespa no oeste do Pará. Depois de receber o relato da morte do primata, ele vai até os locais – muitos de difícil acesso – onde foram encontrados os restos mortais dos animais. Lá, faz o georreferenciamento da área, para identificar fatores geográficos, ambientais e populacionais. É a primeira etapa do trabalho de vigilância epidemiológica, que norteia ações como a vacinação e o controle vetorial. Em Curuá, o protocolo foi seguido à risca.

“Usamos o GPS para demarcar o território e enviar essas informações ao sistema nacional que faz o controle das endemias em todo o país, que é o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). É a partir daí que o Ministério da Saúde traça as estratégias de controle das endemias, incluindo a prevenção à febre amarela. Por isso é tão importante registrar corretamente as epizootias, que são as mortes dos macacos, e investigar as causas delas”, explicou o veterinário, enquanto localizava duas carcaças de macacos na zona rural de Curuá.

Enquanto a equipe técnica se embrenhava na mata atrás dos primatas mortos, os agentes de saúde da Polícia Militar vacinavam os moradores da comunidade Apolinário, a cerca de 50 quilômetros da sede municipal. O trabalho será intensificado nesta segunda-feira, com a imunização na localidade Açaizal. Curuá já recebeu cerca de 1,5 mil doses de vacina contra febre amarela e uma nova remessa está programada para chegar à cidade nesta semana.