Segup apresenta resultado da apreensão de cerca de uma tonelada de drogas em Bujaru
A operação integrada dos órgãos da segurança pública desarticulou organização criminosa que opera no Ceará e estava estabelecendo bases no Pará
Delegado-geral, Walter Rezende; secretário Ualame Machado; comandante da PM, Cel. Dilson Júnior: trabalho integrado contra o tráficoNa manhã desta segunda-feira (22), na Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Segup), foi apresentando, em coletiva à imprensa, o resultado da apreensão de cerca de uma tonelada de entorpecentes, no município de Bujaru, no último domingo (20).
Durante a coletiva, representantes das Polícias Civil e Militares, do Centro de Perícias Cientificas Renato Chaves, e da Secretaria de Segurança Pública do Pará, falaram sobre as ações e operações articuladas, de forma conjunta, para desarticular as organizações criminosas que atuam na nossa região, em combate à criminalidade e ao tráfico de drogas.
Secretário de Segurança Pública do Estado, Ualame Machado ressaltou a importância da integração entre os órgãos de segurança pública, por meio de suas inteligências, no combate ao crime organizado no Pará.
“A integração das forças de segurança é fundamental para que possamos combater o tráfico organizado no Estado. As ações estão voltadas para agir nas organizações que realmente movimentam o tráfico de drogas no Brasil, não só combater a criminalidade no varejo, nas ruas, do pequeno traficante, mas também desarticular as organizações que de fato movimenta esse mercado, em especial, descapitalizando essas organizações", afirmou Ualame Machado.
Ele ressaltou,ainda, que "a união nesse tipo de ação é fundamental para que as polícias e os órgãos que compõem o sistema possam, de forma muito inteligente, combater no centro aqueles que vão distribuir a droga. Quando você apreende uma grande quantidade, você evita que milhares de pequenos traficantes recebam essa droga para que coloquem no mercado e assim desarticulamos o sistema”.
Apreensão – No último sábado (20) uma ação integrada das polícias Militar e Civil, apreendeu mais de uma tonelada de entorpecentes no município de Bujaru, na região nordeste estadual. Agentes da Polícia Militar receberam a denúncia e foram ao local em diligência, onde encontraram dois veículos suspeitos em um ramal próximo ao rio que banha o município. Três suspeitos estavam próximos a um dos carros. Houve troca de tiros, e os suspeitos fugiram para a mata. Nos veículos, havia quase uma tonelada de entorpecente, com aparência de cocaína.
A droga foi conduzida pela equipe da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) para a realização dos procedimentos devidos.
Atuação - O comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Dilson Júnior, falou sobre a participação da sociedade, que por meio de denúncias podem ajudar para identificar situações como a ocorrida em Bujaru
“Através de uma denúncia anônima, conseguimos chegar até o local onde as drogas estavam. Incentivamos sempre a população a utilizar o 181, que é o nosso disque denúncia, desta forma a informação chegou ao serviço de inteligência do comando de policiamento Regional 13, em Castanhal, de onde, imediatamente se encaminhou equipes do Batalhão de Bujaru", disse o coronel Dilson Júnior, ao informar que na abordagem, eles apreenderam 1.150 kg de cocaína.
"Com certeza isso é um grande baque nas facções criminosas, e é isso que as polícias paraenses, desde, que nós assumimos o comando da PM, juntamente com o secretário Ualame, delegado-geral, e ainda o governador, vêm combatendo de forma incansável, agindo para coibir e inibir o tráfico de drogas na nossa região, apresentando resultados expressivos como esse”, afirmou o comandante da PM
Operação Guilhotina - A apreensão desse carregamento de drogas é o desdobramento da Operação Guilhotina, realizada na semana passada, em Belém e Benevides, na Região Metropolitana, em parceria com a polícia do Ceará. Na ocasião houve a prisão de cinco pessoas, apreensão de entorpecentes e desarticulação de uma organização criminosa que atuava no Ceará, atingindo a rota do tráfico no Pará.
"Percebemos algumas coincidências com os fatos que envolvem a operação Guilhotina, inclusive nas embalagens. As pedras enviadas ao IML também coincidem na quantidade, além de que os veículos que foram apreendidos também eram relacionados em nosso inquérito policial, junto com os policiais do Ceará; desta forma trabalhamos com a possibilidade de haver uma ligação muito forte e acreditamos que ainda possa ter no nosso estado outros locais que serviriam de base para essa organização, que tentava se estabelecer aqui no Pará”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, sobre a apreensão em Bujaru.
Perícia - As drogas encontradas foram periciadas por equipes de peritos especializados do Centro de Perícias Cientificas Renato Chaves. Para o diretor do CPC, Celso Mascarenhas, o estado conta com equipamentos e estrutura pioneira para a identificação das drogas encontradas na nossa região, e assim identificar a procedência de cada uma delas.
“O CPC Renato Chaves está trabalhando de maneira homogênea com todos os órgãos de Segurança Pública, para a elucidação e identificação das drogas apreendidas. A nossa legislação não exige, que a perícia da policia científica identifique qual é o tipo de droga, e sim seu princípio ativo. O Renato Chaves hoje tem condições pioneiras de analisar todo o tipo de droga derivada da cocaína, a pulverulenta branca, a pastosa branca, que é mais relacionada ao tráfico internacional, e a substância pulverulenta amarela e a friável amarela, que é o oxi, que é mais comercializado no território amazônico", explicou o diretor do CPC.
Ele acrescentou que o Centro de Perícias Científicas "identifica todos os tipos derivados da maconha, cocaína e também as drogas sintéticas, que foi o caso das encontradas nessas apreensões, identificamos todas de maneira pontual. Após essa análise fazemos o laudo de constatação, e a partir de então realizamos as prisões em flagrante e depois o laudo definitivo com a quantificação de todas as drogas apreendidas”, informou Celso Mascarenhas.