Polícia Civil prende homem suspeito de matar professor em Belém
Acusado foi identificado poucos dias após o crime e começou a ser monitorado pelo setor de inteligência da PC
Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão de Homicídios, prendeu o homem suspeito de matar o professor Francinei Monteiro, no início de janeiro deste ano, em Belém. O autor do crime, de 21 anos, foi encontrado em uma vila no bairro do Paar, em Ananindeua. Ele estava sendo monitorado pela Polícia Civil desde que as investigações apontaram sua autoria no crime, enquadrado como latrocínio - roubo seguido de morte. Com a prisão, foram recuperados documentos pessoais da vítima e o aparelho celular, que foi utilizado para liberação de saques em dinheiro, por meio de aplicativos bancários.
"As primeiras investigações mostraram que o criminoso era conhecido da vítima. Com base nas imagens de segurança, nos levantamos que era uma pessoa de confiança do professor. A partir disso, levantamos perfis de pessoas conhecidas da vítima e passamos a investigá-las, sendo o criminoso identificado. Ele ficou usufruindo do veículo da vítima, do telefone celular do professor e também se fazia passar pelo professor, através do whatsapp, do dia 6 até o dia 10. Quando foi descoberto o corpo, ele resolveu se livrar do carro da vítima e se mudou do endereço dele, que era no bairro do Jurunas", destacou o delegado da Divisão de Homicídios, Glauco Valentim.
As investigações apontam, ainda, que de 6 de janeiro, provável dia da morte, até o dia 10, data em que o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, o homem foi diversas vezes ao apartamento roubar objetos de valor, como relógios, roupas, aparelhos eletrônicos e cartões de crédito. Em depoimento, o suspeito confessou que também voltou ao local do crime para limpar pistas que pudessem chegar até ele.
"O criminoso se valia do uso de chapéu, máscara, e tinha uma postura de sempre esconder o rosto, só que com o trabalho de investigação, foi possível identificar. As imagens foram fundamentais. Obviamente, outras frentes de investigação foram utilizadas", disse o delegado.
Investigações
Em 10 dias, a Polícia Civil conclui o inquérito para enviar à Justiça Paraense. Diligências ainda estão sendo feitas para apurar se há outros envolvidos no caso. Ainda nesta sexta-feira, o autor deve passar por exame de corpo de delito e será encaminhado ao sistema penal.