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Sespa combate notícias falsas contra vacina da Covid-19 entre indígenas e quilombolas

Os dois grupos são prioritários no Plano Estadual de Vacinação pelo elevado grau de vulnerabilidade social e econômica

Por Roberta Vilanova (SESPA)
11/02/2021 16h37

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais, iniciou uma série de ações para informar sobre a importância da vacina contra a Covid-19 entre os indígenas e quilombolas, pois grande parte dessas populações vem sendo vítima de notícias falsas e orientações equivocadas que estão afastando-os da vacina contra o novo coronavírus.

Em um áudio encaminhado à Sespa, uma liderança quilombola disse que um dos fatores que têm levado a população a se esquivar da vacina é a orientação equivocada feita por lideranças religiosas nas comunidades.

Para aumentar a aceitação da vacina contra a Covid-19 entre os indígenas e quilombolas, a Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais, que vem desenvolvendo uma série de ações em territórios indígenas e quilombolas desde o início da pandemia, também está fazendo o acompanhamento e monitoramento junto aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) acerca das estratégias de vacinação dos povos indígenas no Pará.

“Além de manter diálogo permanente com os Dseis, estamos realizando ações de saúde nos territórios indígenas, incentivando a vacinação, combatendo as fake news e levando informações verdadeiras para as populações”, disse a coordenadora estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais, Tatiany Peralta.

As equipes da Sespa juntamente com as dos Dseis e as organizações quilombolas, por meio de mídias digitais e mensagens simples, vão disseminar informações verdadeiras sobre a importância da vacina contra a Covid-19 respondendo as seguintes perguntas: “Por que se vacinar?”, “Por que indígenas e quilombolas são grupos prioritários para a vacinação?”, “Quem vai receber a vacina da Covid-19?”, “Quem não pode receber a vacina da Covid-19?”, “Quem já teve Covid-19 pode receber a vacina contra a Covid-19”, “Quantas doses serão necessárias da vacina contra a Covid-19? e “Poderei viajar, ficar sem máscara e esquecer o distanciamento social depois de ter recebido a vacina contra a Covid-19?”.

Tatiany Peralta enfatiza que indígenas e quilombolas devem se vacinar para proteger a sua saúde, a da sua comunidade, da sua aldeia, a vida dos anciãos, guardiães da ancestralidade e as gerações futuras. “As vacinas contra Covid-19 são seguras e trarão muitos benefícios para todos”, afirmou.

Ela explicou que os indígenas e quilombolas são grupos prioritários porque têm elevado grau de vulnerabilidade social e econômica. “Pois, historicamente, foram vítimas de doenças e epidemias resultantes do processo de colonização, que dizimou grande parte dessa população”, explicou a Tatiany Peralta.

Tatiany informou, por fim, que estão sendo vacinados apenas indígenas e quilombolas acima de 18 anos, com exceção de mulheres grávidas ou em amamentação. Crianças também não serão vacinadas até que estudos sobre os efeitos da vacina nessa população sejam divulgados.

Serviço: Acesse à Cartilha Educativa Combate à Desinformação entre Indígenas e Quilombolas para ajudar no combate às notícias falsas.