EGPA vai pesquisar capital intelectual do funcionalismo paraense
O objetivo é conhecer o potencial dos servidores públicos estaduais para melhorar o atendimento à população
A Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA) vai realizar a pesquisa "Capital Intelectual na Estrutura Pública do Estado do Pará", elaborada pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Estratégicos em Governança Pública (Ceppe) do órgão. O objetivo da consulta é identificar a composição do capital intelectual dos que fazem parte do Executivo estadual para uma análise que deve auxiliar os gestores na tomada de decisões. A proposta do formulário disponível até 10 de abril, no site da EGPA, traz perguntas sobre formação, formação continuada, relacionamento entre colegas, valorização, estrutura física dos locais de trabalho, dentre outros. A direção da Escola de Governança espera contar com a participação dos mais de 112 mil servidores estaduais.
Capacitação de servidores da área de segurança realizada pela EGPA em 2019O professor Laurimar Farias, um dos elaboradores da pesquisa, explica a importância de o Ceppe entender e mapear a aplicação no serviço público dos conhecimentos obtidos pelo servidor ao longo das formações. "Sabendo melhor quem é o servidor, é possível aproveitá-lo melhor dentro das instituições, oferecer um melhor atendimento mais qualificado. Se a sociedade está feliz com o serviço que recebe, temos o que é chamado de valor público", ressalta. Segundo ele, essa é a importância fundamental de o servidor aderir e responder, já que, pelo número de servidores, a EGPA não tem como fazer essa coleta de dados individualmente.
Já Luciana Ferreira, gerente fazendária que atua como pesquisadora na Escola Fazendária, vinculada ao Observatório de Governança Pública - grupo de pesquisa da EGPA -, informa que esse levantamento foi concebido a partir da observação de que não havia um mapeamento amplo sobre a formação de seus servidores, com exceção das instituições que remuneram percentuais por titulação.
"Além disso, eram iniciados estudos no Observatório sobre formação humana e valorização de capital intelectual no serviço público. Nesse caso, precisaríamos fazer além de um mapeamento da formação do servidor, e optamos por começar pelos do Executivo, para realizar um levantamento que ajudará a observar as potencialidades, competências e habilidades em diferentes órgãos do Estado e em todo o território", frisa Luciana Ferreira, que também assina a coordenação geral do estudo.