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Sespa promove oficina sobre técnicas para tratamento de HIV/Aids

Por Redação - Agência PA (SECOM)
06/04/2017 00h00

Técnicos da Coordenação das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Aids, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), iniciaram nesta quinta-feira (06), em Belém, a “Oficina para Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV – PEP”, com abordagens técnicas voltadas à capacitação de profissionais que atuam em locais de referência para tratamento de ISTs. Com duração de dois dias, o evento acontece em horário integral no Belém Soft Hotel.

O conteúdo programático inclui informações básicas sobre Aids, além de esclarecimentos sobre novas estratégias de enfrentamento ao HIV, como a prevenção combinada, tratamento como prevenção e Profilaxia Pós-Exposição (PEP). 

A abertura foi feita pelo farmacêutico Marcos Santos, da Coordenação de IST/Aids da Sespa, que discorreu sobre o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Antirretroviral Pós-exposição de Risco à Infecção pelo HIV, o qual consiste no uso de medicação antirretroviral para prevenir a infecção pelo HIV após exposição de risco, como situações em que haja ruptura da camisinha, relação sexual consentida e acidentes em ambiente de trabalho.

“Ela deve ser introduzida de preferência nas primeiras 2 horas, e em até 72 horas após a exposição de risco, e continuada por 28 dias ininterruptos, o que reforça a necessidade de que haja adesão da medicação até a conclusão do tratamento profilático”, explicou.

Etapas - A PEP abrange etapas que precedem seu acesso: avaliação do risco, teste rápido para saber se a pessoa já tem HIV, testagem do parceiro (quando presente), aconselhamento e prescrição médica. Todas essas etapas são fundamentais para o entendimento correto dessa profilaxia, a fim de atingir a eficácia.

Cledson Sampaio, coordenador municipal da Referência Técnica de IST Aids e Hepatites Virais, da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), disse que os avanços são consistentes, acrescentando que a oficina é importante como forma de alertar os participantes para a capacitação contínua.

A Sesma disponibiliza, em Belém, o teste de HIV no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em 54 unidades de saúde, incluindo os dois Hospitais de Pronto-Socorro, as duas Unidades de Pronto-Atendimento e o Hospital Geral de Mosqueiro (distrito da capital). Já o atendimento especializado para pessoas que vivem com Aids e hepatites virais é realizado no Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas (Casa Dia).

Prevenção e monitoramento - No Pará existe uma rede de serviço vinculada à Sespa, própria para a prevenção e o monitoramento dos pacientes soropositivos. O Estado dispõe de 74 CTAs e 25 SAEs (Serviços de Atendimento Especializado), além da Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe), localizada no bairro do Telégrafo, em Belém.

“O governo trabalha como um articulador e um facilitador. Discutimos as estratégias que serão usadas na prevenção da doença e treinamos os profissionais das unidades municipais que atuarão diretamente com o paciente”, informou Deborah Crespo, coordenadora estadual IST/ Aids da Sespa.

O primeiro dia da oficina contou ainda com participação de Manoel Diniz, coordenador do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que abordou os Aspectos Legislativos do Acidente Ocupacional com Materiais Biológicos. A psicóloga Delma Sampaio, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), discorreu sobre o tema “O SUAS (Sistema Único de Assistência Social) na Interface das Demais Políticas Públicas no Atendimento a Vítimas da Violência Sexual”.

A oficina prossegue nesta sexta-feira (7), com os temas “Teste Imunorrápido para Detecção Qualitativa do HIV 1 e 2 – Teoria e Prática”, com a psicóloga Marília Magalhães, da Coordenação Estadual de IST/Aids da Sespa; “Aconselhamento, Orientações Pré e Pós-Teste”, com a assistente social Andréa Miranda, e “Notificação dos casos infecção por HIV reagentes”, com comentários de Sanderson Eloy, técnico da Coordenação Estadual de IST/Aids do Pará.