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Em 12 horas, primeiros lotes de vacinas chegam aos Centros Regionais de Saúde do Pará

O planejamento logístico feito previamente pelo governo do Estado garante a eficiência da entrega e o início da vacinação em todas as regiões

Por Aline Saavedra (SECOM)
19/01/2021 17h37

Embarque dos primeiros lotes de vacinas ainda na madrugada, em direção aos Centros Regionais de SaúdeCom 1.248.000 quilômetros quadrados de área, o que o torna a segunda maior unidade da Federação em extensão territorial, o Pará enfrenta verdadeiros desafios quando se trata de acessibilidade. Principalmente em regiões como Baixo Amazonas, Tocantins e Marajó o transporte fluvial é, na maioria das vezes, a única via de acesso, ou é preciso recorrer às aeronaves.

No entanto, todas as dificuldades impostas pela geografia não impediram que as mais de 173 mil doses de vacinas CoronaVac chegassem a todos os 13 Centros Regionais de Saúde em apenas 12 horas, desde a chegada da carga ao Aeroporto Internacional de Belém, na noite de segunda-feira (18).Mais vacinas saíram de Belém em aeronaves em direção às regiões de difícil acesso

Os centros estão localizados em Belém (1º CRS), Santa Izabel do Pará (2º CRS), Castanhal (3º CRS), Capanema (4º CRS), São Miguel do Guamá (5º CRS) e Barcarena (6º CRS), com acesso por via terrestre; Marajó (7º CRS), Breves (8º CRS), Santarém (9º CRS), Altamira (10º), Marabá (11º CRS), Conceição do Araguaia (12º) e Cametá (13º CRS), que receberam os lotes de vacina por via aérea. A previsão é que em menos de 24 horas o imunizante contra a Covid-19 chegue a todos os 144 municípios do Pará.

O primeiro deslocamento com os lotes de CoronaVac foi feito às 3 h da madrugada pelo Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), da Polícia Militar. Após o passo inicial, uma força-tarefa reunindo servidores da saúde, policiais militares, agentes de trânsito e demais profissionais da segurança foi formada para levar doses da vacina ao interior, além de garantirem a escolta da carga até cada município.

“Recebemos as vacinas praticamente à meia-noite de hoje (terça-feira). Três horas depois, já estávamos embarcando para Marabá (no sudeste) e Conceição do Araguaia (no sul). Às 8h30, quase todas as regionais alcançadas por via rodoviária haviam recebido. Às 12 h, praticamente todo o Marajó (que tem 16 municípios), e próximo das 15 h todas as regionais já receberam as vacinas. A entrega nas regionais deu-se em 12 h. Dezenas de municípios já estão, inclusive, aplicando as doses. Acredito que, em menos de 24 h, todos os 144 municípios do Pará já terão recebido e, quem sabe, até iniciado a vacinação”, destacou o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.Vacina chegando rapidamente ao Marajó, uma das regiões de um Pará continental

Planejamento - Ao todo, 1.200 profissionais da segurança pública, utilizando cerca de 240 viaturas quatro rodas, oito aeronaves e duas embarcações, foram mobilizados nesse planejamento de logística. Foram elaborados dez planos de voo para levar as vacinas às regiões mais distantes, trajetos que levariam horas ou até mesmo dias se fossem feitos por outro meio de transporte, como os municípios de Breves, Melgaço, Muaná e Curralinho, no Arquipélago do Marajó. A operação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), de forma integrada com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

A atuação do Grupamento Fluvial também é fundamental na logística de distribuição das vacinas O Grupamento Fluvial (Gflu), vinculado à Segup, já estava à espera do helicóptero contendo os isopores com as vacinas na sede municipal de Breves, para levar as doses a Melgaço, Portel e Bagre, que são rodeados por rios. Duas embarcações foram utilizadas na ação.

Todas as cargas foram entregues aos Centros Regionais de Saúde da Sespa para que cada gestão municipal se responsabilizasse pelo correto encaminhamento da vacina e imunização da população, com exceção das regiões da Calha Norte, no oeste paraense, e do Marajó, informou o diretor de Vigilância em Saúde, Denílson Feitosa.A Polícia Militar mobilizou centenas de agentes para entrega e escolta da carga preciosa

Regiões diferenciadas - Segundo ele, o “governo do Estado, por meio da Sespa e Segup, elaborou um plano logístico que permitiu que várias aeronaves (asa fixa, asa rotatória, no caso helicópteros, e aviões comuns) pudessem percorrer todo o Estado, bem como na região do Marajó, especificamente, com a utilização do Grupamento Fluvial, para realizar a entrega em alguns municípios. Lembrando que o governo do Estado também tratou as regiões da Calha Norte e do Marajó de forma diferenciada, permitindo que a vacina fosse entregue diretamente ao município e não na Regional de Saúde, que é o fluxo comum. Isso foi feito justamente para assegurar que essas regiões de logísticas um pouco mais complicadas pudessem receber a vacina em tempo semelhante a outras cidades do Pará”. 

Com a logística definida com antecedência, o Estado consegue distribuir com eficiência as vacinas para grupos prioritáriosPara a distribuição das doses de vacina e insumos para a campanha de vacinação contra a Covid-19 nos 144 municípios paraenses, a Sespa montou um esquema com um total de 49 veículos - três caminhões isotérmicos, dois caminhões baú, oito pick ups de apoio e mais 36 pick ups locadas pela Secretaria. Desse total de 36 veículos locados, 10 ficaram na Região Metropolitana de Belém e 26 foram enviados aos 13 Centros Regionais de Saúde, sendo dois para cada, a fim de dar suporte durante todo o trabalho de vacinação.

A Sespa também encaminhou um técnico para cada CRS com o objetivo de ajudar no monitoramento e fiscalização do repasse das doses aos municípios, e também para esclarecer dúvidas dos secretários e prefeitos. (Colaboração de Roberta Vilanova - Ascom/Sespa).