Primeiro dia da 'Operação Enem' tem saldo positivo no Pará
Promover a segurança durante o deslocamento dos malotes até os locais de aplicação da prova, realizar o policiamento preventivo e de ostensividade nas instituições de ensino, além de acompanhar a logística reversa das avaliações foram algumas das atuações dos órgãos de segurança pública do Estado e municípios, além de parceiros na ‘Operação Enem 2020’ deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). A operação foi realizada neste domingo, 17 e ocorrerá novamente no segundo dia de prova, 24.
Os trabalhos iniciaram às 6h no Exército. Às 8h, os veículos dos Correios, juntamente com viaturas da Polícia Militar, se deslocaram para a entrega dos malotes contendo o exame. Em três horas, o serviço já havia sido finalizado em todo o Estado. Paralelo à atuação nas ruas, no Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICCE) representantes de órgãos envolvidos na operação acompanhavam os trabalhos. Eles também receberam informações dos Centros Regionais instalados em 13 cidades paraenses (Marabá, Capanema, Castanhal, Soure, Breves, Paragominas, Tucuruí, Redenção, São Félix Xingu, Santarém, Itaituba, Abaetetuba e Altamira), alimentavam o sistema estadual que repassava os dados para o Centro Nacional, instalado em Brasília por meio do sistema Córtex.
Integração - O trabalho envolveu, de forma integrada, representantes de diversas instituições, como Correios, Exército, Polícias Civil e Militar, Grupamento Aéreo e Fluvial da Segup, Departamento de Trânsito do Estado (Detran), Guardas Municipais, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Equatorial (concessionária de energia elétrica), Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que realiza o certame. O efetivo total empregado no Pará para a operação Enem é de 7 mil agentes.
“A operação Enem é uma das maiores operações realizadas pelo sistema de segurança pública do Estado, e envolve não só os órgãos de segurança pública do Pará, mas também órgãos municipais, órgãos Federais de segurança pública e os demais entes desse processo, como a concessionária de energia elétrica, a organizadora das provas, Inep, todos unidos, emanados e juntos no mesmo ambiente para que qualquer decisão a ser tomada, qualquer intercorrência que venha existir, nós possamos de forma imediata dialogar e resolver”, afirmou o secretário de segurança pública e defesa social, Ualame Machado.
Ocorrências - No Pará foram registradas 12 ocorrências até às 19h, sendo dez interrupções no fornecimento de energia elétrica, ocorridas nas seguintes cidades: Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Benevides, Marituba (2), Outeiro, Parauapebas, São Miguel e Capanema. Em todos os locais o reestabelecimento ocorreu de maneira célere. Em Ananindeua, no bairro 40 horas, houve o registro de um entulho com fogo próximo a um local de aplicação de prova. O Corpo de Bombeiros foi acionado e cessou o figo. A décima segunda ocorrência foi registrada em Parauapebas, onde uma pessoa foi pega com nomes de autores escritos de caneta na palma da mão. O fato foi registrado como contravenção no local de prova e a candidata eliminada.
“Até o momento, tudo transcorre dentro do programado, todas as provas foram entregues até às 11 da manhã, foram aplicadas, apenas algumas intercorrências que não se configuram como criminal, como um candidato que foi desclassificado por ter sido pego com cola. Então, são intercorrências esperadas, dentro do número esperado e o processo prossegue para que nós possamos dar andamento a nossa conclusão com o processo reverso, onde, ao final das provas, a gente possa fazer a escolta até os batalhões do exército ou aos Correios para que possam retornar à Brasília”, acrescentou Ualame Machado.
Ualame Machado, secretário de Segurança Pública
Tecnologia - A operação contou ainda com a utilização de 170 câmeras de monitoramento que foram utilizadas para acompanhar a movimentação próxima aos principais locais de provas e vias da Região Metropolitana de Belém. A Polícia Militar também esteve nas portas das escolas realizando o policiamento preventivo.
“A atuação da Polícia Militar vem bem antes, desde o planejamento, também perpassou pela escolta das provas até os locais da execução do exame e na logística reversa. Acompanhando os malotes contendo os cartões respostas”, disse o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Dílson Júnior.
Coronel Dilson Junior, comandante-geral da Polícia Militar
A Polícia Civil construiu um planejamento integrado para o dia da realização da prova. Nas 14 Superintendências, incluindo a Região Metropolitana de Belém, o trabalho é feito de forma integrada com os comandantes da Polícia Militar Regional. Em todas as ocorrências, que geram intervenção policial, a PC está pronta para atuar.
“Nós estamos atuando no interior com 81 policiais, entre delegados, escrivães, investigadores e administrativo, temos também 82 viaturas. Na capital, temos os plantões completos, inclusive montamos um plantão na Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) e na divisão de repressão a crimes tecnológicos para qualquer intercorrências”, pontuou.