Estado e Fiepa realizam visitas técnicas a cinco indústrias em Castanhal
Uma comitiva de representantes do Governo do Pará e da Federação das Indústrias do Estado (Fiepa) realizou uma série de visitas técnicas e institucionais a indústrias localizadas em Castanhal, na região nordeste do Estado, nesta sexta-feira (4). A agenda fez parte do programa "Na Fábrica", iniciativa que envolve profissionais da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e do Sistema Fiepa. O objetivo é fortalecer as atividades produtivas no território estadual, oferecendo apoio e divulgando a política de incentivos fiscais do Pará como instrumento de manutenção da competitividade das unidades fabris paraenses.
Integraram a comitiva o Diretor de Atração de Investimentos e Negócios da Codec, Manoel Ibiapina - representando o titular do órgão, Lutfala Bitar -; o secretário adjunto da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Miriquinho Batista; além do Secretário Operacional da Política de Incentivos Fiscais da Sedeme e do Coordenador da Secretaria, Danilo Gonçalves e Mauro Barbalho, respectivamente; e do vice-presidente da Fiepa e Presidente do Centro das Indústrias do Pará (CIP), José Maria Mendonça.
O Diretor do Senai Castanhal, Sidésio Martins, e a gerente do Sesi Castanhal, Leilaine Cruz, também participaram da agenda.
“As visitas realizadas são de extrema importância, uma vez que Castanhal é um grande polo de desenvolvimento. Conhecer essas cinco indústrias (Mafrinorte, Hiléia, Mariza, Pará Indústria e Comércio de Alimentos e NorFrutas) mostra, mais uma vez, a união não só dos entes públicos com a parceria da Sedeme, Codec e Seaster, como também com as entidades de classe privadas como a Fiepa - tudo com o único objetivo de desenvolver nosso Estado e assim gerar emprego e renda para a população”, explicou o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Carlos Ledo, destacando a importância da abertura de diálogo com o setor produtivo por meio do programa.
Na Mafrinorte - indústria de alimentos, carne e derivados, instalada em Castanhal desde 1984 -, ao apresentar um breve histórico da trajetória da empresa, o proprietário Paulo Afonso Costa informou que já investiu mais de R$ 30 milhões no negócio e pontuou que um dos grandes desafios do Pará e do Brasil, atualmente, está, principalmente, nas exportações. “Nós estamos partindo para as exportações, mas é importante lembrar que o Brasil, que já é um grande exportador de comida, ainda não fez uma política de estoque mínimo, o que indica a necessidade de planejar justamente a exportação dos excedentes, minimizando os impactos nos preços por aqui, além de investir em qualificação de mão de obra”, disse Paulo Afonso sobre as expectativas para o futuro.
A Mafrinorte é uma das principais empresas do setor na região, com pelo menos cinco linhas de produtos e uma capacidade de abate de cerca de 100 a 120 bovinos/hora.
Já o gerente de novos negócios da Mariza Alimentos, André Guedes, destacou que a empresa, que possui uma gama de mais de 900 produtos, já comercializa para o mercado internacional, alcançando pelo menos seis países a partir do trabalho de mais de mil colaboradores e de unidades fabris e centros de distribuição espalhados pelo Brasil. “No nosso caso, não interessa a venda de commodities [produtos de origem primária, em estado bruto], mas sim produtos finais. O que antes era uma única empresa, agora consiste em um grupo de oito e com uma linha de produtos cada vez maior. Por isso, hoje, além de estarmos nas gôndolas dos principais grupos varejistas do Brasil, nós também temos uma forte atuação no mercado internacional, que se mostra altamente lucrativo e por isso realizamos diversas ações de mídia no exterior, buscando firmar nossa marca internacionalmente e temos tido muita aceitabilidade”, informou.
Produção local - Com 55 anos de história e atualmente com unidades em Castanhal, Belém e em outros quatro estados do país, a Hiléia se destaca pela produção, na cidade modelo, de linhas de biscoitos (arrumados e rosquinhas), macarrão (tanto espaguete quanto massa cortada) e salgadinhos (skilhos).
Com mais de mil funcionários e uma linha de mais de 100 produtos, o diretor comercial da empresa, Hélio Melo Filho, afirmou que um dos segredos da indústria é que a empresa se preocupa em investir na constante melhoria do ambiente de trabalho, além de manter um diálogo permanente com a comunidade, por meio de programas sociais.
Completaram a agenda visitas às empresas Pará Indústria e Comércio de Alimentos, fundada em 1988 e cujo principal produto ainda é a tradicional "Pipoca Pantera", e a NorFrutas, que se dedica à comercialização de polpas de açaí há 12 anos e possui duas unidades em Castanhal.
“O 'Na Fábrica' permite que o Estado conheça suas indústrias e, a partir daí, possa proporcionar benefícios que vão tornar a região mais desenvolvida”, ressalta o vice-presidente da Fiepa, José Maria Mendonça.
Segundo ele, as visitas são muito proveitosas. "É através delas que percebemos, como nas de hoje, que as empresas possuem capacidade de produzir e de aumentar seus quantitativos de funcionários e duplicar suas produções, desde que haja matéria-prima. Além disso, também percebemos que podemos trabalhar para minimizar a capacidade ociosa e, de maneira geral, consolidar as indústrias que aqui já existem, que contribuem e muito para a economia”, conclui Mendonça.
No total, incluindo as visitas feitas em Castanhal, o programa já esteve em 13 empreendimentos, grande parte deles localizados na Região Metropolitana de Belém, e o objetivo é que a iniciativa siga promovendo diálogos com a classe produtiva para garantir a manutenção de empregos, renda e competitividade às indústrias paraenses e, consequentemente, fortalecendo a economia do Pará.