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Com live e feira da agricultura familiar, Emater comemora 55 anos na quinta

Presente nos 144 municípios paraenses, órgão promove ações que garantem crescimento econômico, acesso a políticas públicas e crédito rural

Por Rodrigo Reis Emater (EMATER)
01/12/2020 11h03

De forma simples, por conta da pandemia, porém com a certeza de quem muito tem feito pelo desenvolvimento do meio rural paraense, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) comemora, na próxima quinta-feira (3), 55 anos de assistência técnica e extensão rural no Estado. Presente em todos os 144 municípios paraenses, o órgão oficial de Ater se consolida como referência para a agricultura familiar paraense, a partir de ações que objetivam crescimento econômico, acesso a políticas públicas e crédito rural. 

“É importante olhar o futuro com a responsabilidade de quem faz a Emater, proporcionando mais acesso por parte do público atendido a ampliação do crédito rural, introdução de tecnologias no campo e estruturação de escritórios” - Cleide Amorim, titular da Emater.

Cleide Amorim, presidente da EmaterA programação começa no dia 3, com a realização da live “Oportunidades e desafios nos seus 55 anos de Ater no estado”, que contará com participação de funcionários da empresa. Na oportunidade, o diretor técnico Rosival Possidônio falará sobre a atuação da empresa, a capilaridade e as propostas para o desenvolvimento do meio rural paraense para o ano de 2021.

O diretor técnico será acompanhado pelo supervisor regional de Castanhal, Antônio Carlos Macedo; a chefe local de Marituba, Alda Remédio; e a responsável pelo Núcleo de Recursos Humanos (NRH), Jaira Pimentel. A mediadora será Cristiane Corrêa, do Núcleo de Metodologia e Comunicação (NMC).

“É uma oportunidade de discutir e sugerir ideias para o próximo ano, no que diz respeito à atuação da Emater, que há 55 anos trabalha no desenvolvimento rural do Pará. Sem dúvida, é uma empresa digna de todas as homenagens” - Antônio Carlos Macedo, supervisor regional de Castanhal.

Também no dia 3, a Emater entregará placas de “Mérito Extensionista” a funcionários e parceiros, pelas significativas contribuições institucionais dedicadas a empresa.

Como parte da programação, serão realizadas, ao longo da semana, videoconferências, onde representantes dos 12 regionais da Emater abordarão a temática “Diversidade nas ações extensionistas: interação relatos de experiências exitosas”. Na oportunidade, os participantes vão destacar ações e projetos de sucesso no que diz respeito à realidade socioambiental e econômica executadas em municípios do interior do Estado. 

Feira da Agricultura

A programação inclui também a realização da 20ª edição da Feira da Agricultura Familiar – Projeto Vitrine Artesanal de Produtos Agroecológicos, também no escritório central de Marituba. A feira será realizada das 8h às 12h.

Nesta edição comemorativa, os agricultores vão disponibilizar uma variedade de produtos, como hortaliças, frutas, polpas, peixes, camarão, polpa de caranguejo, licores, compotas, bombons regionais, plantas ornamentais, artesanatos (crochê, tecido, comento e EVA), biojoias, lanches de iguarias regionais, além de reciclados em geral.

A Feira Vitrine é um projeto da Emater que visa, a partir da comercialização dos produtos, melhorar a renda das famílias, mantendo a sustentabilidade ambiental e multiplicando técnicas artesanais e empreendedoras.

Crédito Rural

Em 2020, agricultores de vários municípios paraenses foram contemplados com mais de 400 projetos de créditos elaborados pela Emater. A expectativa é fechar este ano com mais de R$ 27 milhões em projetos de créditos aprovados, apesar da pandemia no novo coronavírus. Os projetos melhoram a vida do agricultor e também promovem a geração de emprego e renda no município.

Políticas Públicas

A partir de orientação da Emater, agricultores podem acessar a mais de 15 políticas públicas do governo federal, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). É por meio do Pnae, por exemplo, que estudantes paraenses passaram a consumir alimentação diferenciada.

Em Soure, no Marajó, o cardápio inclui peixe frito, açaí batido, água-de-coco, leite de búfala, chouriço artesanal e até maniçoba. Já em Santarém, na região oeste, crianças indígenas da etnia Borari, de Alter-do-Chão, recebem, desde outubro, kits de merenda escolar com artigos orgânicos, como farinha e pupunha. Crianças quilombolas também estão sendo contempladas.

Em Santarém, o contrato do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), via edital da Prefeitura, é o primeiro na história do Pará direcionado com exclusividade para a agricultura orgânica. Em relação a chamadas públicas convencionais, a negociação de agora representa, para os agricultores, um faturamento 30% maior, sob o entendimento das peculiaridades dos sistemas produtivos e da qualidade de cada alimento. 

Equipamentos – Para reforçar as ações de campo do programa Territórios Sustentáveis, do Governo do Pará, a Emater adquiriu veículos e equipamentos às ações nas regiões Araguaia, Xingu e Tapajós. São 16 carros, (14 caminhonetes e dois sedãs), 30 notebooks, 20 computadores de mesa e 40 GPS.

Nova Unidade Didática de Bragança (UDB)

Para coroar as comemorações dos 55 anos da Emater, o Governo do Pará entregará, até final de dezembro, a revitalização da Unidade Didática de Bragança (UDB), que abrigará o novo laboratório de solos do órgão, além da agroindústria de leite e de frutas.

Localizada no município de Bragança, no nordeste paraense, a UDB é referência para técnicos e agricultores locais, que atuam diretamente na agricultura familiar. Dentro desse contexto, o novo laboratório de solos terá a função de analisar a fertilidade, a determinação de pH e exames de nutrientes, fatores essenciais que beneficiam diretamente agricultores que necessitam melhorar a produção.

A UDB possui uma área de 100 hectares, utilizada para encontros, reuniões, cursos, oficinas, palestras, intercâmbios, excursões e outras atividades. Apoia também instituições educacionais dos mais diversos níveis na área de ciências agrárias, além de possuir um auditório com capacidade para receber até 60 participantes por evento e estrutura para acomodação.

“O laboratório representará melhoria significativa na produção dos agricultores, mais agilidade e também maior retorno financeiro. É um ganho completo: ganha o Estado, por se tornar referência na Região Norte na análise de solos, e também os agricultores, que não vão precisar mais mandar material para outros estados”, reforça Cleide Amorim, presidente da Emater.