Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
OFICINAS

Estado prepara custodiados para concurso de redação da Defensoria Pública da União

A capacitação já começou no Centro de Reeducação Feminino, na Região Metropolitana de Belém

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
27/10/2020 20h10

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) iniciou nesta terça-feira (27) várias oficinas de redação para custodiados. A primeira ocorreu no Centro de Reeducação Feminino (CRF), em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), reunindo internas que participarão da 6ª Edição do Concurso de Redação da Defensoria Pública da União (DPU). A prova está prevista para março de 2021. As aulas no CRF seguirão até a véspera da prova, para garantir que até lá todas estejam preparadas para participar nas mesmas condições que os concorrentes.

Segundo o edital, o concurso é destinado “aos alunos do ensino fundamental e médio, incluindo Educação de Jovens e Adultos (EJA), assim como aos adolescentes que estão cumprindo medida socioeducativa de internação e aos adultos em situação de privação de liberdade em instituições estaduais, desde que devidamente matriculados em escola da rede pública ou de ensino técnico do país, bem como a todos os internos das penitenciárias federais”.

O primeiro colocado de cada Estado vai receber um SmartPhone Xiaomi 64GB, enquanto o 2º e 3º lugares receberão tablets, entregues aos familiares. O tema da redação desta edição é “Entre o Céu e o Asfalto: onde está a dignidade da população em situação de rua?”, e visa incentivar discussões acerca da população em situação de rua, de seus direitos e da garantia de dignidade no contexto em que se encontra.

Conteúdo - As oficinas de capacitação oferecidas às internas do CRF vão abordar diferentes técnicas e regras de redação, além de promoverem discussões sobre temas e fatos de repercussão mundial para subsidiar a produção do texto.

A professora Letícia Benassuly, que ministra as oficinas, ressaltou a importância de dar este suporte às detentas. “Está sendo uma experiência nova porque eu nunca havia tido contato com essa outra parte da sociedade. Vai ser muito enriquecedor. Tratar humanamente essas pessoas e capacitá-las é muito importante”, acrescentou.

Carmem Lopes, interna do CRF, disse que sempre gostou de escrever, por isso agradece por receber capacitação dentro do sistema penitenciário. “Para mim é muito bom. A gente aprende mais e tenta mudar o futuro lá fora. Esse estudo vai ajudar a aprender muitas coisa que a gente não sabia”, afirmou.

Os textos deverão ter de 20 a 30 linhas, e serão avaliados a partir dos critérios de criatividade, conteúdo, originalidade, pertinência, temática, clareza no desenvolvimento das ideias e correção ortográfica e gramatical.