Dia Nacional da Alimentação Escolar lembra a importância de garantir a nutrição estudantil
O Dia Nacional da Alimentação na Escola é celebrado em 21 de outubro e foi criado para marcar a importância da nutrição estudantil em ambiente educacional. Ações do Governo do Pará garantem que os 575 mil estudantes da rede estadual de ensino tenham condições físicas e mentais para tirar o melhor proveito do aprendizado.
Flávia Lira é nutricionista da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e informa que há uma equipe destinada a planejar os cardápios oferecidos nas unidades de ensino de forma a ofertar nutrientes durante o turno escolar. “Tentamos garantir que eles recebam nutrientes que são de suma importância para o crescimento e a saúde geral do aluno. Eles recebem proteína, carboidratos, frutas, verduras. Isso faz com que o aluno consiga pelo menos em um período suprir a necessidade dentro da sala de aula. Tentamos disponibilizar um cardápio mais completo possível”, explicou a profissional.
A importância da alimentação escolar também se deve ao fato de que, em muitos casos, ela é a principal refeição diária em situações de vulnerabilidade social. “A importância dessa alimentação escolar é bem maior do que nós podemos presumir. Primeiro porque muitas delas é a única refeição do dia. Estudos indicam que aqueles que não são bem alimentados não aprendem, não se concentram e não tem capacidade de raciocínio”, acrescentou a nutricionista.
A estudante Liliane Cristina Ferreira cursa a quarta etapa na Escola Estadual Dona Helena Guilhon, no bairro do Coqueiro, em Ananindeua. Mãe de seis filhos, sendo quatro em idade escolar. “Antes da pandemia, às vezes, minhas crianças saiam para a aula sem estar alimentados. A merenda é importante porque ninguém consegue fazer nada com fome. No início da pandemia passamos a retirar os alimentos diretamente na escola”, lembra Liliane que está desempregada atualmente.
Para não deixar faltar alimentos mesmo com os estudos em casa, o Governo do Estado viabilizou crédito no valor de R$ 80 por aluno para aquisição de alimentos não-perecíveis, totalizando um investimento de R$ 382 milhões em quatro recargas. Para a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, o uso do cartão de vale-alimentação permite ainda mais agilidade na distribuição, pois é uma estratégia que considera as dificuldades logísticas pelas características geográficas do Estado, permitindo que o benefício continue seguindo para a escola.
“Foi de grande ajuda para minha família. No momento, apenas um filho meu trabalha de carteira assinada. Para a honra e glória do Senhor Jesus, esses tickets alimentação chegaram em uma boa hora. Só tenho a agradecer a Deus, primeiramente, ao nosso querido governador e a todas as pessoas envolvidas e equipes responsáveis por tudo que foi relacionado aos tickets”, destacou Liliane.
Márcio Henrique Pimentel, 15 anos, estuda no 9º ano e compartilha da opinião de Liliane. “O vale alimentação foi uma grande ajuda sim, ele veio em boa hora para ajudar nas compras de casa, como essa pandemia gerou muitos desempregos ajudou muito a minha e outras famílias”, disse o jovem que mora com os avós.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como finalidade suprir parcialmente as necessidades dos alunos matriculados nas escolas da rede pública e algumas filantrópicas durante o período em que estão em sala de aula. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) colabora ao promover capacitações para produtores locais incluírem seus produtos nos escolas da região, além de incentivar a agricultura local.