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ECONOMIA SUSTENTÁVEL

Sedeme planeja incentivo à industrialização e boas práticas junto a Territórios Sustentáveis

Iniciativa quer abranger todo o território paraense e tem parceria da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), com a colaboração da Fiepa

Por Raiana Coelho (SECTET)
13/10/2020 15h03

Orientar sobre a industrialização da produção local é a tarefa da Sedeme no escopo do Programa Territórios SustentáveisLevantar as peculiaridades e incentivar as especificidades de cada região assistida pelo Programa Territórios Sustentáveis. Essa é uma das vertentes da Política de Desenvolvimento Industrial para as próximas etapas do programa. O conjunto de ações está em fase de planejamento e a previsão é de que as ações sejam iniciadas até março de 2021.

A Política de Desenvolvimento Industrial está sendo elaborada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), com a colaboração da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). O propósito é o de atender todo Estado, estrategicamente, utilizando as ferramentas do TS para a conscientização, de fato, de que a preservação do meio ambiente é sempre o melhor caminho para o crescimento econômico.

De acordo com a Sedeme, o objetivo é concentrar os pontos fortes de cada município a favor da população local. “Na região do TS, PA-279, a ideia é de estimularmos bastante a questão dos laticínios, apesar de predominar o gado de corte, nós ainda temos as matrizes que geram leites. O apoio ao processamento da indústria da carne em si, nós temos alguns frigoríficos que precisam e que podem ser melhorados, então vamos chamar para conversar e ver do que eles precisam para melhorar. Além, também, de vislumbrar uma possível industrialização do couro que nós ainda não temos de fato, todo couro que nós compramos realmente acabado, para fazer bolsas, sapatos e outros produtos, vem de outros estados, então nós precisamos melhorar o aproveitamento dos resíduos dessa indústria. E isso tudo é através de sentar e estudar cada especificidade”, explica Lourival Junior, coordenador de indústria, comercio e serviço da Sedeme, sobre as cadeias que podem ser potencializadas dentro das cidades que compõem os “Territórios Sustentáveis. ”

Levar a industrialização, seja artesanal ou a clássica, é um processo que envolve várias etapas, desde ensinar o produtor a aproveitar suas áreas degradadas e recupera-las para que, com o espaço já apto a receber plantio, aproveite para gerar um ganho econômico, até a uma futura exportação. Essa sequência, por sua vez, permitirá com que o homem do campo compreenda, na prática, que todo o sustento dele é possível com a mata em pé, que uma árvore em pé pode gerar ganhos diversos durante décadas, uma renda contínua, como explica o gestor da Sedeme “Quando você aumenta o ganho do produtor, ele começa a enxergar aquela floresta como algo a mais, então ele começa a enxergar que ele pode florestar mais ambientes com florestas econômicas como a do açaí, a do cacau, a banana e outros. Então, se nós levarmos a riqueza que o meio ambiente gera, para as pessoas, eles vão florestar tudo e é isso que vamos fazer ao levar a industrialização das cadeias produtivas, vamos aumentar os ganhos locais de diversas formas”. A geração de emprego também será um outro fator positivo com a Política de Desenvolvimento Industrial. 

Até a etapa de implementação dessa política de indústria sustentável, prevista para março de 2021, o Programa territórios Sustentáveis conta, desde o mês o de agosto, com o trabalho técnico de outras secretarias como Emater e Sedap, que permitirá os proprietários de terra colocar em prática, no momento correto, todos os ensinamentos adequados para fazer valer um a relação de “ganho x ganho” entre o homem e a natureza.

Outra atividade que também está em fase de elaboração, através da Diretoria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da Sedeme, (DIGEM), e prevista para ser praticada ainda este ano, é o conjunto de ações que envolvem boas práticas na mineração como a regularização da mineração de pequeno porte, que é a produção de minerais sociais, ou seja, agregados para construção civil (areia, seixo, brita) e cerâmica vermelha (tijolos, telhas, etc.); ações de fortalecimento do cooperativismo mineral e o CERM Itinerante (Cadastro Estadual de Recursos Minerários). O CERM ajuda o Estado tomar conhecimento da realidade de cada segmento da cadeia produtiva desde a geologia até a transformação mineral. Essa noção possibilitará com que o Governo, por meio dos órgãos estaduais competentes, elabore políticas públicas que visem o fortalecimento do setor mineral como produção, mão-de-obra empregada, comercialização e transporte dos minérios.

Paralelo a isso, a Sedeme, junto ao Banpará, tem articulado outras formas de desenvolvimento econômico do Estado dentro do programa como a criação de linhas de crédito, que deverão auxiliar os produtores rurais no crescimento de suas cadeias e posteriores lucros.