Diretores da Seap conhecem funcionamento do sistema penitenciário do Ceará
Os gestores conferiram, entre outros procedimentos, a monitoração eletrônica e as ações de reinserção social adotadas pelo sistema cearense
Após cinco dias de discussões sobre o sistema penitenciário do Ceará e de aquisição de novos conhecimentos para o sistema do Pará, foi concluída nesta sexta-feira (09) a programação técnica sobre a estrutura do sistema cearense, que incluiu procedimentos executados, monitoração eletrônica e ações de reinserção social e assistência jurídica. Diretores de unidades prisionais da Região Metropolitana de Belém, representantes do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e diretores administrativos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) participaram do evento promovido pela Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará.O secretário Jarbas Vasconcelos (c) e outros gestores da Seap durante a capacitação no Ceará
O objetivo foi compartilhar informações sobre os procedimentos executados, a fim de trazer ao Pará novas estratégias para garantir o aprimoramento do sistema penitenciário paraense, e assim ampliar as ações de humanização da pena e promoção da dignidade da pessoa privada de liberdade.
Durante o treinamento, os 22 diretores da Seap do Pará participaram de aulas teóricas e práticas sobre rotinas e procedimentos com instrutores da Secretaria do Ceará. Também foram feitas visitas técnicas em todas as casas penais do sistema penitenciário cearense. O encerramento da capacitação ocorreu nesta sexta-feira, com a presença do secretário de Estado de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, que agradeceu a troca de experiência, e do secretário de Administração Penitenciária do Ceará, Mauro Albuquerque, que se colocou à disposição do governo paraense para novas parcerias.Os gestores do Pará conheceram novas estratégias que garantem o aprimoramento do sistema penitenciário
Integração - Mauro Albuquerque ressaltou a necessidade de integração entre os estados para dar continuidade aos procedimentos com excelência. “Quando se tem controle da unidade prisional é possível oferecer segurança, cumprindo as leis de execuções penais, oferecendo educação, saúde, religião, trabalho e capacitação. Isso tem um grande retorno na massa carcerária, porque assegura a integridade do preso”, frisou.
O evento reuniu diretores de unidades prisionais da Região Metropolitana de Belém, representantes do Cope e diretores administrativos da SeapSegundo o diretor da Central de Triagem Metropolitana III, Robson Pantoja, a semana foi produtiva. “Vou sair daqui com muitos conhecimentos, e vamos trabalhar ainda mais para continuar melhorando o procedimento no Pará”, afirmou o diretor.
Geraldo Gomes, diretor do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III), agradeceu a oportunidade e destacou que a capacitação é importante para o avanço das políticas públicas nas unidades prisionais. "Vamos voltar para nosso Estado cheios de ideias para serem realizadas, principalmente na área de reinserção social e educação", disse o gestor.
Construção - “Eu não sei se a gente pode dizer que o sistema penitenciário do Pará existia. Taticamente, ele existia, mas com um modelo absolutamente ultrapassado. Fazemos um trabalho de construção, não de reconstrução ou aperfeiçoamento, mas de construção. E é assim que a gente vai melhorando. Um pequeno aprendizado faz uma diferença brutal para o funcionamento do sistema. E a gente só pode fazer isso quando tem o espírito aberto para a mudança, quando a gente está com a mente pronta para aprender e seguir aquele que já fez e obteve resultado”, destacou o secretário Jarbas Vasconcelos.Jarbas Vasconcelos destacou o trabalho de construção do sistema penitenciário do Pará
Agora, o Pará vai receber os gestores do Ceará, para apresentar o sistema penitenciário paraense. “A Seap está no caminho certo, com treinamentos, valorização do servidor, responsabilidade e tratamento com interno. O servidor preparado oferece um serviço de melhor qualidade, aumenta a sua responsabilidade e melhora todo o contexto do sistema penitenciário”, enfatizou o secretário Mauro Albuquerque.