Centro de Recuperação Coronel Anastácio das Neves volta a funcionar em Santa Izabel
Em apenas dois minutos o Centro de Recuperação Coronel Anastácio das Neves (CRCAN), em Icoaraci, foi ocupado pelo Comando de Operações Penitenciárias (Cope), nesta quinta-feira (8), após 48 horas de motim. A operação estratégica e operacional, determinada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), ocorreu de forma rápida e eficaz, garantindo a segurança e a integridade dos internos.
Agora, o CRCAN sai de Icoaraci e volta a funcionar no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, para onde os internos foram transferidos e ficarão custodiados em uma nova unidade prisional, com melhores condições de custódia. Toda a ação e transferência teve acompanhamento de equipe técnica de saúde.
Segundo o Coronel Arthur Morais, secretário adjunto da SEAP, a transparência da ação foi de extrema importância. "A presença do Ministério Público e do Poder Judiciário para acompanhar foi muito importante para mostrar nossos procedimentos, conduta e ação. Nós não temos nada a esconder, temos apenas que comprovar que o que nós fazemos tem resultado e esse resultado foi exposto hoje", pontua.
A operação foi acompanhada pelo juiz da Vara de Execuções penais, doutor Delmar Barroso e pelo Ministério Público, representado pelo promotor Edivar Cavalcante e da promotora Ociralva de Souza.
"A operação foi muito bem sucedida, não houve nenhum tipo de agressão e tudo feito com respeito à integridade dos internos. Eu só tenho o que elogiar em relação a atuação desses policiais penais que hoje tiveram uma atuação brilhante", enfatizou o juiz da vara de execuções penais, doutor Delmar Barroso.
O promotor Edivar Cavalcante acompanhou a ação e avaliou positivamente os procedimentos adotados pela SEAP, ditos como essenciais para contornar a situação. "Acompanhamos o procedimento e vimos que o protocolo adotado, o treinamento que foi dado aos agentes e a capacitação dos servidores contribuiu para o êxito dessa missão", destacou.
De acordo com o ten. Cel. Vicente Neto, comandante do Comando de Operações Penitenciárias (COPE), os servidores que participaram na operação, tanto policiais militares, quanto policias penais, são altamente capacitados para atuarem em intervenções prisionais. "Trabalhamos prezando pela integridade e segurança de todos os envolvidos, como foi o resultado dessa ação. Com técnica, inteligência e estratégia, conseguimos dominar a casa penal em apenas dois minutos, garantindo que a ordem fosse restabelecida com todos em segurança".
O motim ocorreu como protesto aos procedimentos de disciplina e segurança executados pela Secretaria, que garantem a ordem dentro do cárcere. Procedimentos esses que contribuíram e continuam contribuindo para garantir a vida dos servidores de segurança pública. Reflexo disso é a queda do índice de mortes de agentes penitenciários, policiais militares e civis, guardas municipais e demais categorias.
O Secretário de Estado de Administração Penitência, Jarbas Vasconcelos, ressalta sobre os diálogos que já eram realizados na unidade e a resistência dos custodiados - que antes trabalhavam com a segurança pública e outros ainda servidores do Estado - a adotarem as medidas impostas pelo sistema. "Nós sempre tratamos eles com devido acatamento, porém o protocolo exige que todos se adequem a ele, seja quem for. Nós estamos mostrando para eles que absolutamente nenhum grupo irá quebrar o protocolo. Implantamos o protocolo e ele não sofrerá retrocessos", afirmou o secretário.