Uepa inaugura Biotério Luiz Carlos de Lima Silveira
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) inaugurou nesta quinta-feira (4) o Biotério Luiz Carlos de Lima Silveira, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). O espaço abrigará animais para atender as demandas de pesquisa de experimentação da instituição. A solenidade de descerramento da placa de inauguração contou com a presença de autoridades, docentes, alunos, comunidade acadêmica, além de amigos e familiares do pesquisador que dá nome ao espaço.
Luiz Carlos Silveira (1953-2016) foi um pesquisador paraense de vanguarda na área de Neurociência que teve contribuições reconhecidas internacionalmente. Ele foi membro titular da Academia Brasileira de Ciências e também agraciado com a Ordem Nacional do Mérito Científico pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), grau Comendador. Além disso, exerceu atividades como professor titular da Universidade Federal do Pará (UFPA).
A homenagem da Uepa foi ressaltada pelo reitor Juarez Quaresma. “O trabalho do professor Luiz Carlos ultrapassa os muros da UFPA e vai além dos limites do estado e do país. O legado dele não pode ser mensurado, só a história no futuro nos dará ideia do que foi construído por ele. Estou muito feliz com a entrega deste espaço que irá alavancar a pesquisa experimental na Uepa”, afirmou.
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica, Alex Bolonha Fiúza de Melo, também exaltou a importância do pesquisador homenageado. “As instituições coletivas serão sempre maiores do que os indivíduos. Mas há indivíduos sem os quais as instituições não existiriam: eles são instituições das instituições. O Luiz Carlos era um deles”, frisou.
A história do pesquisador foi lembrada em vários momentos durante a inauguração do espaço. A esposa, Regina Ataíde, acompanhada da mãe do pesquisador, Tereza de Lima Silveira, agradeceu a homenagem. “Nós sabemos do amor que ele tinha pela educação do estado e do país. Estamos muito felizes e orgulhosas em saber que o nome do Luiz Carlos, um apaixonado pela ciência, estará sempre presente”, declarou a viúva.
O projeto do biotério foi desenvolvido pelo Ministério da Educação, por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2011-2020, além dos apoios concedidos por meio dos editais da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Edificado sobre uma área de 285m², o espaço é composto por cinco salas que abrigarão espécies como coelhos e roedores. Os exemplares passarão por um período de quarentena e serão submetidos a testes de doenças para impedir a contaminação do local. “Depois, eles ficarão em ambientes climatizados e com iluminação adequada, que obedecem a normas regulatórias específicas de biossegurança, bioética e que também visam garantir o bem-estar dos animais”, explicou Mário Arthur da Costa Leal, médico veterinário responsável pelo biotério.
Em cerca de 30 dias, o biotério poderá receber as pesquisas. "Já está pronta toda a estrutura física e os equipamentos estão sendo adquiridos. Também estamos em fase de treinamento da equipe de técnicos que efetivamente irá trabalhar no local”, explicou a coordenadora Fabíola Raquel Tenório Oliveira.