Pessoas privadas de liberdade são certificadas em curso de mecânica de moto
Mais uma turma de custodiados do Sistema Penal foi capacitada em projeto de ressocialização e, agora, pode voltar ao mercado de trabalho assim que reconquistar a liberdade. Na manhã desta terça-feira (8), 44 alunos foram certificados no primeiro curso de mecânica de motocicleta, promovido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com o governo federal e a Associação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Abradesa). Foram atendidas as pessoas privadas de liberdade e servidores do Centro de Recuperação Feminino (CRF), de Ananindeua, Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC) e Central de Triagem Metropolitana II (CTM II).
As aulas se iniciaram no dia 3 de agosto, somando carga horária de 160 horas. Entre os formandos estão três servidores. Os internos que concluíram o curso profissionalizante também ganharam a remição de pena. “As 14 internas estão motivadas. Era o curso que elas queriam, e nós conseguimos atender as expectativas e formar profissionais”, disse a diretora do CRF, Erica Sousa.
Técnica pedagógica da Coordenadoria de Educação Prisional da Seap, Cátia Santos contou que o curso foi feito para atender às solicitações dos custodiados. “No CRF sempre houve aquela cultura de trazer cursos na área feminina. Às vezes pensamos que esse curso é mais voltado para a área masculina, mas hoje o profissionalismo abrange todas as áreas, e as atividades foram muito bem aceitas por elas”, ressaltou.
“Tive o prazer de conhecer pessoas muito interessantes e, apesar do lugar que nos conhecemos, foi gratificante. Quem fala que mecânica é só para homem está completamente enganado”, enfatizou o instrutor do curso, Wesley da Silva, que ministrou aulas no CTM II.
A interna Daniele dos Santos foi uma das participantes que receberam o certificado. Ela afiançou que a formação é essencial para um recomeço fora da casa penal. “Recebi essa oportunidade e fiquei muito feliz. Achei muito interessante e gostei muito. Não tinha nenhum entendimento, mas as aulas foram muito boas e hoje estou qualificada”.