Paysandu é campeão do Banparazão 2017 com vitória sobre o Remo
Os jogadores do Paysandu levantaram a Taça Açaí na tarde deste domingo (7) após a conquista do Campeonato Paraense Banpará 2017, o Banparazão, no Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão). O placar de 2 x 1 sobre o maior rival, o Clube do Remo, deu o título à equipe bicolor no 741º clássico Re-Pa, que levou mais de 30 mil pessoas ao estádio.
Antes do início da partida, crianças do Polo Pro Paz Mangueirão entraram em campo com a faixa da campanha “Um Pacto de Paz”, promovida pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), com o objetivo de promover a paz e o respeito nos estádios. Junto com as crianças, representantes do Remo e Paysandu levaram uma grande bandeira colorida, símbolo da diversidade e respeito ao segmento LGBT, em alusão à campanha de combate à LGBTFobia, que será lançada oficialmente pelo Governo do Pará na próxima terça-feira (09), no Teatro Margarida Schivasappa, no prédio da Fundação Cultural do Pará. O tema da campanha é “Diversidade. Eu respeito. E você?”.
O maior clássico do futebol paraense contou com um forte esquema de segurança e infraestrutura, oferecido pelo governo do Estado, para garantir tranquilidade ao torcedor e às demais pessoas envolvidas no evento, como vendedores ambulantes. O tenente-coronel Fernando Oeiras, comandante do Batalhão de Polícia de Eventos, informou que foi mantida a mesma logística usada nos jogos anteriores, mas com um efetivo maior devido à expectativa de público para a final do campeonato.
“O efetivo total é de 1.200 homens, 300 a mais do que no clássico passado”, disse o tenente-coronel Oeiras, ao informar que a PM atuou com patrulhamento, cavalaria e viaturas dispostas em pontos estratégicos, de maior concentração de pessoas, como estacionamento, bilheterias, rampas e divisão das torcidas na arquibancada.
Segundo o comandante do Batalhão de Polícia de Eventos, o Banparazão teve um saldo positivo na área de segurança e na postura das torcidas. “As ocorrências diminuíram consideravelmente durante todo o campeonato. Infelizmente, ainda temos alguns episódios negativos, mas não tivemos registro de confronto dentro do campo, e isso merece ser destacado”, reiterou o tenente-coronel Fernando Oeiras.
A vendedora Daiane Silva se sentiu segura para levar a filha Safira, de apenas 3 anos, para assistir ao clássico. “A gente viu policiamento em vários lugares, e isso nos dá confiança de vir para o campo e torcer para o nosso time trazendo crianças. Gostei muito”, garantiu.
Trânsito - O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) organizou os acessos ao estádio. A Rodovia Transmangueirão, por exemplo, antes da partida ficou com mão única no sentido Mangueirão. Após o jogo, o tráfego ficou em sentido contrário - em direção à Avenida Júlio César. Agentes, viaturas e motocicletas auxiliaram motoristas e pedestres.
O estudante Odilon Pereira, que foi ao jogo na companhia de amigos, garantiu que não teve dificuldade para chegar ao Mangueirão. “É sempre muita gente, por isso é importante vir cedo. Não tivemos problemas para chegar”, afirmou.
Atendimento médico - As secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa) e de Esporte e Lazer (Seel) montaram dois ambulatórios para atender o público. Com médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, os ambulatórios contaram com o apoio de ambulâncias equipadas com desfibrilador (usado em reanimação cardíaca), informou o supervisor de ambulatório da Sespa, Cláudio Ruffeil. “Felizmente não precisamos usar esses equipamentos, mas temos que estar preparados para qualquer emergência”, ressaltou.
O estudante Wellinton Silva foi um dos primeiros a receber atendimento no ambulatório. “Me feri quando estava chegando no Mangueirão. Se não tivesse esse ambulatório, eu teria que buscar atendimento em outro lugar e perderia o jogo. Fui rapidamente atendido, e em tempo de assistir ao clássico”, contou.
O torcedor Ronan Gomes saiu do município de Barcarena para ver seu time vencer o campeonato, naquele que considera “o clássico dos clássicos do futebol”. “É muita emoção viver isso aqui no Mangueirão. Vale todo o esforço da viagem só para poder estar aqui”, disse Ronan, que é cadeirante e assistiu ao jogo em uma área do estádio preparada para receber pessoas com deficiência. “É um espaço bastante confortável e de fácil acesso”, reiterou.