No Maranhão, técnicos da Adepará trocam experiências de defesa e inspeção vegetal
Comitiva paraense faz visitas técnicas com foco na produtividade, competitividade e prevenção contra pragas que comprometem os produtos agrícolas
Equipe da Adepará em visita técnica a colegas da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão Com o objetivo de trocar experiências sobre os procedimentos de fiscalização do fluxo de entrada de máquinas e implementos agrícolas em território estadual, servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) realizaram visita técnica, ao longo desta semana, no estado do Maranhão. Participaram a diretora de Defesa e Inspeção Vegetal do órgão, Lucionila Pimentel; o gerente de Defesa Vegetal, Rafael Haber; e a gerente do Programa de Pragas de Importância Econômica, Maria Alice Thomaz.
A extensa agenda incluiu visita ao Posto Fixo de Fiscalização da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), na cidade de Estreito, para o conhecimento de métodos de abordagem e fiscalização de trânsito vegetal. O município está localizado na divisa entre os estados do Tocantins e Maranhão, e tem intenso movimento de entrada de maquinários agrícolas, que, muitas vezes, têm o Pará como destino.
Intercâmbios são importantes para troca de experiências no controle fitossanitário no trânsito de máquinas e implementos agrícolasEm uma propriedade rural da cidade de Riachão, a comitiva acompanhou a demonstração da desinfestação de maquinário agrícola, com o uso de água sob pressão acrescida de mistura de hipoclorito de sódio.
O grupo participou de uma reunião com a diretoria de Defesa e Inspeção Vegetal da Aged, na sede da instituição, em São Luís, e visitou a unidade regional da Aged do município de Balsas, o maior produtor maranhense de soja.
Diretora de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará, Lucionila Pimentel frisou que “os estados do Pará e Maranhão são as novas fronteiras agrícolas, atrativas pela sanidade dos seus cultivos e pela movimentação de maquinários e implementos, o que deve ocorrer dentro das normas fitossanitárias e sanitárias para coibir a disseminação de pragas”.
A diretora elogiou as atividades desenvolvidas em conjunto entre a Adepará e a Aged, pois “fortalecem os serviços de defesa agropecuária, propiciando sanidade, produtividade e competitividade ao agronegócio em ambos os estados”.
Na visão do gerente de Defesa Vegetal da Adepará, Rafael Haber, a visita foi uma excelente oportunidade para partilhar formas de atuação das Agências de Defesa Agropecuária. “Nós pudemos trocar experiências. Além das atividades que participamos, expusemos como são elaboradas as nossas ações de defesa vegetal e os técnicos do Maranhão abordaram de que forma desenvolvem seus programas. Também alinhamos as ações de trânsito, que ocorrem nas fronteiras entre Pará e Maranhão”.
Para a gerente do Programa de Pragas de Importância Econômica, Maria Alice Thomaz, a parceria entre a Adepará e Agência Agropecuária do Maranhão fortalece o compromisso em prol do desenvolvimento agrícola.
“Esse intercâmbio de conhecimentos foi muito importante. Foi uma oportunidade ímpar, pois fez com que confirmássemos o fato de que estamos atuando no caminho certo, por meio das nossas ações. Na ocasião, pudemos divulgar nossa nova portaria e o trabalho que a gente pretende realizar com nossas exigências fitossanitárias”.
Portaria
A Portaria Nº 1.725, de 10 de julho de 2020, publicada pela Adepará no Diário Oficial do Estado, instituiu medidas de controle fitossanitário no trânsito de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas. Todos os maquinários, novos e usados, provenientes de outros estados da federação, somente poderão ingressar em território paraense mediante apresentação de nota fiscal para trânsito, com validade de até 15 dias.
Na nota fiscal deverão constar informações relativas ao proprietário, transportador, veículo transportador, tipo e identificação da máquina, equipamento ou implemento agrícola, como também os municípios de origem e destino.
Durante a fiscalização de maquinários usados, deve ser feita a exposição dos compartimentos internos dos itens para inspeção. Entre eles estão: a base de caixa de retilha, caixa de pedra e compartimento do ventilador de colhedoras de soja; laterais da plataforma e correntes do torpedo de plataformas colhedoras de milho; e interior da unidade, dutos de ar e caixa hidráulica de plataformas colhedoras de algodão.
Além das exigências citadas, será exigido para os maquinários, implementos e equipamentos agrícolas usados a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida por um técnico responsável, que terá validade de 15 dias.
A iniciativa visa prevenir a ocorrência de pragas na agricultura paraense, visto que equipamentos e implementos agrícolas são potenciais disseminadores de insetos, nematoides, fungos, vírus, bactérias, ácaros etc. O transporte de maquinários pode criar condições propícias para a existência de pragas em áreas onde elas naturalmente não ocorreriam.
Responsável por assegurar a sanidade vegetal no estado, a Adepará executa ações de combate, controle e erradicação de pragas que possam causar prejuízos aos cultivos agroflorestais. A instituição desenvolve iniciativas de prevenção, que minimizam os riscos de introdução e disseminação de pragas exóticas de risco potencial para a agricultura paraense.