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SEGURANÇA ALIMENTAR

Consumo de ovos aumenta e Adepará alerta para cuidados na compra e conservação

Dia da Avicultura, celebrado nesta sexta (28), destaca as ações preventivas para garantir a segurança alimentar dos alimentos de origem aviária

Por Aycha Nunes (FCP)
28/08/2020 16h59

O número de ovos vendidos durante o primeiro semestre passou de 13,7 milhões para 22,9 milhões entre os anos de 2019 e 2020, no Pará. A quantidade de ovos comercializados no Pará durante o primeiro semestre deste ano aumentou 67,51% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). Os dados são referentes apenas à movimentação comercial dos estabelecimentos com registro no SIE. O crescimento, mesmo em meio à pandemia, reforça a potência da avicultura no Estado, que celebra o seu dia neste 28 de agosto.  

Entre os meses de janeiro a julho de 2019 foram vendidos pouco mais de 13,7 milhões de ovos. Até o final de julho deste ano, no entanto, o número de ovos comercializados no Estado aproximava-se de 23 milhões, o equivalente a um consumo mensal de 3,8 milhões de ovos.

Para que todos esses ovos, e outros alimentos, cheguem com qualidade e sanitariamente controlados nos lares paraenses a Adepará atua junto a produtores e comerciantes por meio de programas de defesa e inspeção dos produtos de origem animal ou vegetal, além da educação sanitária.

PROGRAMAS

O Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa), por exemplo, segue as diretrizes do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), coordenado pela Divisão de Sanidade das Aves, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

O programa cuida do desenvolvimento técnico e científico do setor, previne, controla e erradica as principais doenças avícolas de impacto em saúde pública e animal, como a salmonelose e a micoplasmose, além de estimular a produtividade e tecnificação dos plantéis avícolas e da indústria, garantindo a qualidade dos produtos e subprodutos. 

“O Serviço Veterinário Oficial (SVO) da Adepará atua na prevenção, controle e vigilância de doenças de interesse para a avicultura e a saúde pública no Pará, além de desenvolver programas sanitários para prevenção da influenza aviária e prevenção e controle de doença de Newcastle, salmoneloses e micoplasmoses. O Pesa também realiza a vigilância em aves migratórias”, detalha o fiscal estadual agropecuário Alexandre Moura Chagas, médico veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola. 

Ele ressalta ainda que antes de iniciar qualquer procedimento para a instalação ou ampliação de estabelecimento avícola, o produtor rural deverá solicitar o registro na Adepará, conforme a Instrução Normativa N° 56/2007 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. “Este requerimento deve ser feito na unidade da Adepará responsável pelo município onde se localiza o estabelecimento, sendo preciso também realizar o pré-cadastro no Sistema de Integração Agropecuária (Siapec). Após a inscrição, o estabelecimento passará por vistoria do médico veterinário oficial e receberá o certificado de registro, se obtiver o resultado de apto no laudo”, explica Alexandre Chagas.

O Pará possui 218 estabelecimentos de aves comerciais de corte e 27 empresas de postura comercial registradas, que são os empreendimentos que possuem aves para produção de carne e ovos para consumo. Os principais polos de produção aviária estão localizados nos municípios de Santa Isabel do Pará e Santarém. 

CUIDADOS

Os cuidados com o alimento devem começar na hora da compra e a embalagem é o primeiro item a ser observado. “A embalagem assim como o selo de inspeção é um item obrigatório dos produtos de origem animal. A ausência da embalagem não dá ao consumidor a garantia da procedência e qualidade”, aconselha a médica veterinária e fiscal estadual agropecuária, Adriele Cardoso, responsável pela gerência do Serviço de Inspeção Estadual da Adepará.

Na embalagem, o consumidor deve observar a data de validade, os dados do produtor, como nome e CNPJ, e o selo de inspeção oficial. “Os selos de inspeção são a garantia da qualidade do produto que será consumido”, explica Adriele Cardoso. Rachaduras ou trincas na casca do ovo aumentam a possibilidade da presença de microorganismos no produto.

A conservação dos ovos também costuma ser fonte de dúvidas. A lavagem do alimento antes de seu armazenamento, por exemplo, não é indicada e o melhor lugar para mantê-lo  e a geladeira.

“A casca possui películas externa e interna. A película externa (ou cutícula) recobre a casca do ovo e funciona como uma barreira evitando a entrada de microorganismos no seu interior. Se o consumidor lava a casca do ovo ao guardá-los, ele pode danificar essa película externa, que funciona como barreira natural. Se o consumidor se sentir mais seguro, pode lavar os ovos com água e sabão, mas somente imediatamente antes de consumir, nunca antes de guardá-los”, orienta a fiscal agropecuária. 

“Outro ponto que muita gente erra é na maneira de guardar os ovos. O lugar ideal para armazenar os ovos é dentro da geladeira, não na porta, porque a variação de temperatura pode prejudicar a conservação”, atesta.