Soja é o principal produto agro exportado pelo Pará
Estado entra para lista dos 10 maiores exportadores do grão no Brasil, a melhor posição desde que o produto foi introduzido em solo paraense, há 30 anos
Gráfico do Núcleo de Planejamento/Estatísticas da Sedap mostra evolução da produção de soja no estado Até o final de 2020, o Pará deverá produzir cerca de dois milhões de toneladas de soja. De acordo com o estudo elaborado pelo Núcleo de Planejamento/Estatísticas da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), o estado está entre os 10 maiores exportadores de grãos do País. A melhor posição depois de quase 30 anos da introdução da soja em solo paraense.
A Sedap realizou o estudo com base no levantamento feito pelo AgroStat Brasil, a partir dos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex)/Ministério da Economia. A análise mostra que até o mês de julho deste ano, o Pará registrou o 10º Valor de Exportação da soja em grãos, gerando US$ 656 milhões, algo em torno de 3,68 bilhões de reais dependendo da cotação do dia do dólar).
Comparado aos outros estados, o resultado do Pará supera a Bahia (US$ 620 milhões), Maranhão (US$ 582 milhões) e ainda Santa Catarina (US$ 570 milhões). O registro acumulado do ano de 2020 alcança a evolução de 62,41% em relação ao mesmo período de 2019. A soja é o principal produto agro exportado pelo Pará, (50,13%), seguido da carne bovina (19,54%).
INVESTIMENTO E CRESCIMENTO
Pará tem 557 mil hectares de área plantada e, este ano, já produziu mais de um milhão e quinhentas toneladas de grãos de sojaO Governo do Estado, através da Sedap, trabalha para investir cada vez mais e estimular o crescimento do agronegócio no Pará. O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hugo Suenaga, disse que o poder público estadual realiza reuniões permanentes com os produtores. Além do levantamento de todos os produtores do Pará, a Sedap verifica quais são os principais gargalos ainda existentes no setor.
O secretário Hugo Suenaga detalhou que a secretaria faz um mapeamento de acordo com as informações que os produtores repassam ao órgão. “Atualmente, temos mais de um milhão e quinhentas toneladas produzidas de soja no Pará e este ano devemos bater praticamente próximo de dois milhões de produção e nós temos uma área plantada de 557 mil hectares".
"A gente verifica que vem se expandindo cada vez mais a produção e a exportação da soja aqui dentro do estado, vamos citar aí o sul do Pará, com Santa Maria das Barreiras e Santana do Araguaia. Dois municípios que estão amplamente expandido sua área agricultável voltada para os grãos, principalmente à soja e o milho; nós temos a região também de Goianésia e Tailândia que estão expandido a área plantada de soja, há testes que estão sendo feitos naquela região, e claro, Paragominas, Ulionópolis e Rondon do Pará que formam o triângulo da soja e onde ela está consolidada. Eles vêm introduzindo novas tecnologias, principalmente a parte de irrigação. Estamos acompanhando os projetos existentes nessa região”.
Garantir menos burocracia ao processo ainda existente com relação aos projetos voltados para a produção da soja, como destacou Suenaga, é outra medida que o governo estadual adota para a melhoria da produção.
O secretário recordou que a Sedap junto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), trabalha para a agilizar a outorga de água, concessão emitida pelo governo estadual ou pelo governo federal para o uso do recurso hídrico em atividades econômicas.
O trabalho conjunto com a Semas também se estende aos licenciamentos ambientais para o setor de grãos, destacou o secretário Suenaga. “A Semas é a grande parceira da Sedap no que diz respeito ao desenvolvimento da cadeia produtiva dos grãos”.
O secretário enfatizou, também, que a Sedap já começou a dialogar sobre os insumos que o setor dos grãos precisa para estímulo ao aumento da produtividade dos grãos no estado. “Pensando nisso, nós já tivemos uma conversa e conseguimos uma isenção através da Secretaria da Fazenda (Sefa), a pedido do governador, do tributo gerado em cima da logística do calcário, pois muita das vezes a logística se tornava muito mais cara do que o próprio calcário”, disse ele.
O calário é usado para a correção da acidez do solo na agricultura.
*Por Rose Barbosa (ASCOM/SEDAP).