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Pará prepara mais dois hospitais para certificação na Iniciativa Amigo da Criança 

Estado quer ampliar ações de incentivo à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno

Por Caroliny Pinho (SESPA)
24/08/2020 10h04

Até o final deste ano, o Pará deve ter mais dois Hospitais Amigos da Criança (HAC). Através do apoio técnico da Coordenação Estadual de Saúde da Criança, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Hospital Materno-Infantil Dra. Anna Turan, em Barcarena, e o Hospital Francisco Magalhães, no município de Castanhal, passaram por um processo de capacitações e avaliações e agora estão em fase final para a aprovação do Ministério da Saúde, e recebimento do título de Hospitais Amigos da Criança.

Hospital Materno-Infantil Dra. Anna Turan está prestes a receber o título de Hospital Amigos da Criança

Hospitais com este perfil estão aptos para o atendimento materno-infantil e são fundamentais para o incentivo ao aleitamento materno e desenvolvimento de crianças até os dois anos de idade. A estratégia Hospital Amigo da Criança potencializa as Políticas de Saúde da Criança e da Mulher, no contexto das Redes de Atenção à Saúde, principalmente da Rede Cegonha, ajudando na proteção e apoio à amamentação, buscando cumprir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o leite materno seja o alimento exclusivo até os seis meses de vida e que dessa idade até os dois anos passe a ser complementado com alimentos adequados.

“A expectativa do Estado é expandir o número de atendimentos de mulheres e bebês, com toda a qualidade que se espera de atenção humanizada ao parto e ao nascimento. Ao ampliar esse tipo de atendimento, nós também estamos incentivando o estabelecimento do vínculo entre o bebê e sua mãe/família, o que favorece o maior cuidado com o crescimento e desenvolvimento dessa criança. Resumindo, nascer em um Hospital Amigo da Criança pode ser um diferencial para todo o resto da vida do bebê e de sua família”, explica Ana Cristina Guzzo, coordenadora estadual de Saúde da Criança.

Espera-se que todas as mulheres que procuram às maternidades tenham garantido o seu direito ao acompanhante (Lei Federal nº 11108/2005), mas em um HAC a expectativa se amplia para garantir, ainda, o cumprimento dos 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, a redução da instrumentalização e intervenções no parto, contato pele a pele precoce com o bebê (considerado fundamental, principalmente durante a primeira hora de vida) e utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor do parto.

“Hospitais amigos da criança e da mulher se traduzem como tudo aquilo que esperamos de assistência para o parto e nascimento, dentro de uma proposta de prática humanizada, respeito ao protagonismo da mulher e seus direitos” - Ana Cristina Guzzo, coordenadora estadual de Saúde da Criança.  

Aleitamento materno é um dos focos da estratégia HACPara que um hospital, público ou privado, seja habilitado segundo a Iniciativa Hospital Amigos da Criança  (IHAC) é necessário que esteja apto a prestar atendimento ao binômio mãe e filho e cumprir os critérios estabelecidos pela Portaria nº 1.153/2014. O hospital passa por sete etapas de avaliação que incluem a auto-avaliação do hospital, a avaliação global, até a certificação. Depois de certificado permanece acompanhado em monitoramento on-line anual e reavaliações periódicas presenciais.

O Estado já possui outros 10 hospitais que têm foco na gestante e no recém-nascido. São eles:

  • Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém;
  • Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém;
  • Hospital Venerável Ordem Terceira, em Belém;
  • Hospital Dom Luiz I, em Belém;
  • Hospital Anita Gerosa, em Ananindeua;
  • Hospital Divina Providência, em Marituba;
  • Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, em Bragança;
  • Hospital Geral de Bragança, em Bragança;
  • Hospital de Clínicas de Bragança, em Bragança;
  • Hospital Santo Antônio, em Alenquer.

Os hospitais instalados na Região Metropolitana de Belém, Baixo Amazonas e Nordeste do Estado, atendem locais estratégicos do Pará e somente este ano fizeram uma média de 672 atendimentos mensais. A cada três anos os hospitais habilitados à IHAC são reavaliados para confirmar o cumprimento dos passos e critérios, e verificar possíveis irregularidades. Nas próximas semanas, a Sespa vai iniciar o processo de reavaliação dos IHAC no Estado.