Mulher é primeira colocada do II Curso de Ações Prisionais
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) promoveu, na última quinta-feira (20), em cerimônia na Escola de Administração Penitenciária (EAP), a certificação dos agentes que participaram do II Curso de Ações Prisionais, promovido pelo Departamento Nacional Penitenciário (Depen), por meio da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (Ftip). A primeira colocada na formação foi Laisa Murta, que conquistou o título de agente número 1.
“Procurei dar o meu melhor, e fico muito feliz em, como mulher, representar a primeira colocação”, disse ela, a primeira mulher a ser o destaque da turma. Trabalhando há um ano no sistema penitenciário, Laisa foi uma das aprovadas no concurso para agente prisional e segunda colocada no curso operacional promovido pelo Comando de Operações Penitenciárias, da Seap.
“Eu me identifiquei muito com esse trabalho, principalmente por poder ajudar as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. A partir do momento que você se impõe em uma postura, o respeito é mútuo. Aqui sou respeitada pelo que sou e pelo que faço”.
Garantias - O coordenador da Ftip no Pará, Leandro Silva, frisou que os cursos são essenciais para a segurança pública do Estado. “Isso representa a profissionalização e a evolução constante por que o sistema penitenciário do Pará vem passando. Oportunamente falando, a segurança pública representa o controle da criminalidade dentro das unidades penais, que acrescenta mais segurança para a sociedade”, afirmou.
O diretor da Escola de Administração Penitenciária, João Arroyo, avaliou positivamente o resultado do curso e destacou que vitórias como essas estão se tornando comuns no sistema penitenciário. “O nosso orgulho de estar aqui vai se acrescentando e somando a um conjunto de investimentos”, pontuou. O curso teve o apoio das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O secretário de Estado de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, parabenizou os agentes que participaram do curso, lembrando que a capacitação exigiu preparo físico e psicológico dos alunos. Ele fez menção também à conquista da agente número 1. “A segurança pública ainda tem uma cultura que não promove devidamente a igualdade de gênero. Isso está sendo trabalhado. Podemos dizer também para todas as nossas mulheres que lugar de mulher é onde ela quiser estar”, finalizou.