Sectet debate produção e disseminação de notícias falsas em live para servidores
Conferência ao vivo com convidados e profissionais da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Pará mostrou que senso crítico e consciência são armas para combater ‘fake news’
Nesta terça-feira (11), servidores da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) debateram sobre os prejuízos causados pelas chamadas fake news, notícias falsas ou retiradas de contexto, principalmente neste período de pandemia. A live, iniciada às 9h30, teve como mediadora a coordenadora da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Sectet, a jornalista Fernanda Graim, e como expositores o coordenador de jornalismo da rádio CBN, Danilo Pires, e o tecnólogo em Processamento de Dados, Augusto Motta, da equipe de Tecnologia da Informação (TI), da Sectet.Sectet realiza lives pelo Programa de Valorização do Servidor
A realização de lives quinzenais faz parte das atividades do Programa Amplo de Valorização do Servidor, iniciativa do Núcleo de Acolhimento Psicossocial da Coordenação de Gestão de Pessoas (CGepes), ligada à Diretoria de Administração e Finanças (DAF) da Secretaria.
A servidora Cristina Quirino, da CGepes, deu as boas vindas aos participantes e ressaltou que as reuniões virtuais são uma forma de aproximar os servidores dos diversos setores da secretaria e falar sobre temas atuais, assuntos referentes à rotina de trabalho ou ainda questões que atingem a todos, mesmo em suas vidas privadas.
Fernanda Graim iniciou as discussões falando sobre como as informações falsas colocam em descrédito o jornalismo e propagam discursos de ódio por meio das redes sociais. “Sabemos que há iniciativas que estão pressionando os responsáveis pelas plataformas de redes sociais a combaterem as fake news, como empresas que deixam de fazer anúncios nesses sites. Mas como nós podemos identificar e agir diante delas?”, questionou a coordenadora da Ascom Sectet, chamando ao debate o jornalista Danilo Pires.
CARACTERÍSTICAS DE INFORMAÇÕES FALSAS NO NOTICIÁRIO
O coordenador de jornalismo da rádio CBN explicou como funciona a rotina para checar as informações numa redação e quais são as características de uma notícia falsa, dando dicas de como identificá-las. “Verificar a fonte, procurar o link original (o "endereço" de um documento ou um recurso na internet), identificar o período em que a informação foi divulgada e procurar ver se a informação tem base científica ou é apenas baseada em uma opinião”, destacou Danilo Pires. Ele deu como exemplos casos de informações sobre receitas caseiras que levariam à cura da Covid-19, baseadas em crendices e não em informações cientificamente comprovadas.
O debate também destacou os prejuízos que uma informação falsa pode causar a quem é levado a usar receitas erradas para combater uma doença e as consequências à vida das pessoas vítimas de fake news, como casos extremos de agressões físicas a indivíduos acusados injustamente de terem cometido crimes.
Tecnólogo em Processamento de Dados, Augusto Motta falou sobre a dificuldade de se retirar da internet as notícias falsas. “A disseminação de uma fake news é muito rápida. Mas, mesmo por determinação da Justiça, a eliminação dessas mensagens em milhões de servidores é muito lenta. E se alguém, que baixou a mensagem ou fez print, republicar, ela volta a viralizar”.
CONSCIENTIZAÇÃO
Dessa forma, tanto Augusto como Danilo e Fernanda chamaram atenção para a conscientização das pessoas em não repassar mensagens das quais não tenham certeza da veracidade. Adriana Nascimento, psicóloga da Sectet, falou sobre a empatia, a capacidade de se preocupar com o outro. “É preciso se preocupar se a mensagem que se pretende compartilhar não vai prejudicar alguém, caso não seja verdadeira”, disse.
A próxima live será no dia 25 de agosto, com a participação do fisioterapeuta Thiago Rodrigues, mestre em Saúde coletiva. Ele irá falar sobre “Como aliviar tensões durante a crise: o papel das terapias corporais”.