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Projetos da Emater de agrofloresta recuperam natureza e geram renda

Extensionistas orientam agricultores familiares sobre os sistemas agroecológicos que aumentam a produção com redução de custos e oferecem alimentos sem riscos à saúde humana e ambiental

Por Aline Miranda (EMATER)
29/07/2020 12h25

Plantios consorciados protegem o solo e enriquecem as culturas com vantagem mútua, em termos de nutrientes, clima e sombreamento  Projetos de Sistemas Agroflorestais (Safs) do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Melgaço, no Marajó, vêm recuperando áreas alteradas de pequenas propriedades e gerando renda para agricultores familiares. 

Os Safs são sistemas produtivos nos quais se consorciam, no mesmo espaço de floresta, várias culturas de importância econômica, alimentar, cultural e ecológica. A partir de tratos específicos, intervenções controladas e cálculos, as espécies passam a se relacionar com vantagem mútua, em termos de nutrientes, solo, clima e sombreamento. 

“Não há na atualidade exemplo mais prático de produção sustentável do que o Saf. É uma alternativa socioeconômica e ambiental que considera tanto as necessidades do agricultor, de uso e de consumo, como as necessidades da natureza, de preservação e diversidade”, pontua o chefe do escritório local da Emater em Melgaço, o engenheiro florestal Milton Costa. 

Modelo de sistema agroflorestal combinando várias espéciesEm dez hectares do sítio Santa Maria, no Km 1 da Estrada Melgaço-Janguí, o agricultor Benedito Viegas, mais conhecido como o “Bené”, há mais de cinco anos combina o plantio de açaí, banana, coco, cupuaçu, goiaba, hortaliças, laranja, limão, macaxeira, pupunha e tangerina. 

Por mês, são 300 kg de banana, 600 maços de cheiro-verde e 200 kg de polpas de frutas, entre outras colheitas. Com o apoio da Emater, a maior parte da produção de Bené abastece diretamente o município, na forma de merenda escolar e de suporte a entidades assistenciais, por meio dos Programas de Alimentação Escolar (PAA) e de Aquisição de Alimentos (PAA). 

Os contratos anuais de Viegas com os mercados governamentais se baseiam em propostas formuladas com o assessoramento da Emater e representam para a família um faturamento anual de mais de R$ 25 mil. 

Já na propriedade de José Ailson Dias (de apelido “Lela”), também na região da Estrada, o trabalho da Emater se intensificou em agosto de 2019, com plantio de açaí, abacaxi, bacuri, banana, cupuaçu, graviola e hortaliças em dois hectares. 

“A ideia é assegurar renda significante e o ano inteiro para o agricultor, com impulso no ecossistema e escalonamento de safras”, resume o engenheiro florestal Milton Costa.