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Ministério da Saúde monitora ações contra a raiva animal no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
16/05/2017 00h00

Após a confirmação de 11 casos de raiva animal em municípios paraenses, de janeiro a maio deste ano, provenientes de morcegos, representantes do Ministério da Saúde estão em Belém, durante esta semana, para reunir com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará - Sespa, Instituto Evandro Chagas e Adepará para ouvir suas experiências e limitações e dar apoio ao Estado no que for necessário para o combate à doença.

Nesta terça-feira (16), a reunião foi com o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Ananindeua. Os representantes do Ministério da Saúde visitaram o Instituto e checaram as condições de realização do diagnóstico da doença, conheceram as instalações locais, laboratórios e avaliaram positivamente o local. “Viemos para ouví-los, dar o apoio técnico, ajudar na compra de insumos, melhorar o diagnóstico da doença, buscar assistência, fazer a profilaxia e auxiliar no que mais for necessário para tornar o trabalho do Instituto cada vez melhor”, disse Alexander Vargas, técnico da coordenação geral de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde. Hoje o Instituto Evandro Chagas é referência no país em diagnóstico de diversas doenças transmissíveis, inclusive a raiva.

Uma preocupação da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) é a vacinação de animais, que hoje está abaixo da meta do Estado. “A média nacional é de 80% de animais vacinados, mas no Pará buscamos os 90%. Em Belém 73% dos animais foram vacinados e nos municípios do interior apenas 62%. Precisamos melhorar esses números e incentivar os donos de cães e gatos sobre a importância da vacinação”, declarou Alberto Begot, coordenador estadual do Programa de Controle de Raiva. A última ocorrência de raiva no Pará foi em 2005,proveniente de ataque de morcego, em 2002 por mordida de cão e em 1994 por mordida de gato.

“Outra grande preocupação nossa é em relação ao contato que tratadores e donos de animais tem com eles. Em algumas situações, entram em contato com a saliva do animal e podem contrair o vírus dessa forma”, comentou Begot.

A responsável pelo laboratório de raiva do IEC, Elisabeth Salbe, alerta para os sintomas da doença. “Os sintomas da doença são diferentes de acordo com o animal por qual a pessoa foi mordida. No caso de morcegos, a ocorrência de paralisias é maior, podendo a pessoa deixar de andar e sofrer constantes quedas. Já quando a mordida for por cão ou gato, a vítima tem mudança de comportamento, fica em constante excitação nervosa, confusão mental e tem hipersensibilidade a luz”, explicou.

Elisabeth comemorou a visita de representantes do Ministério da Saúde. “Hoje nós somos referência, e isso nos faz atender não só o Pará como outros municípios e estados do país, o que muitas vezes nos sobrecarrega. Esperamos que após essa visita, possamos ter ainda mais apoio do Ministério para suprir as nossas demandas.  

Cuidados – Após ter sofrido um ataque de morcego, a pessoa deve se dirigir imediatamente a um posto de saúde para fazer as vacinas e seguir adequadamente o tratamento. No caso de ser mordido por cão ou gato, a vítima deve lavar o ferimento e acompanhar o aniimal. Se o mesmo apresentar boa saúde não é necessária a vacina.