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Operação Amazônia Viva põe fim a desmate em área de Novo Progresso

Crime ambiental atinge área equivalente a 1,6 mil campos de futebol. Responsáveis foram presos, pagarão multa e responderão na Justiça por desmate ilegal.

Por Anna Paula Mello (SEMAS)
27/07/2020 14h34

O trabalho de fiscalização policial é uma das ações da segunda fase da Operação Amazônia Viva para coibir crimes ambientaisPoliciais civis e militares, em conjunto com fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), apreenderam 36 metros cúbicos de madeira em tora, quatro motosserras, rádios comunicadores e placas de energia solar em uma área de 1,6 mil hectares que vinha sendo  desmatada em Novo Progresso, sudeste paraense. Cinco acampamentos foram desmontados pelos agentes de segurança.

Na busca pelos suspeitos, policiais e fiscais da Semas rodaram 200 km pelas estradas no entorno da propriedade, até localizar uma caminhonete cujo motorista era filho do proprietário da área, também suspeito do crime ambiental.

Com ele, os fiscais encontraram mais rádios comunicadores, operando na mesma frequência e da mesma marca dos que já haviam sido apreendidos nos acampamentos dentro da mata. Ele foi preso em flagrante e teve a fiança arbitrada em R$ 150 mil pela Justiça.

O proprietário da fazenda na qual foi detectado o desmatamento ilegal pagará multa de R$ 8,3 milhões e responderá criminalmente pelo desmate ilegal.

O trabalho de fiscalização policial é uma das ações da segunda fase da Operação Amazônia Viva, na qual órgãos da segurança pública estadual atuam de forma integrada para coibir crimes ambientais. A operação é coordenada pela Semas, que faz o levantamento dos pontos alvos, com base em monitoramento via satélite.

Titular da Semas, Mauro O'de Almeida observa a importância das ações constantes para quebrar o ciclo do desmatamento CICLO DO DESMATAMENTO

Secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O'de Almeida ressalta a importância da presença dos agentes nas áreas mapeadas:

"Nós queremos quebrar essa cultura de fazer operações pontuais, nas quais os crimes ambientais cessam com a chegada dos fiscais e depois retornam. Com as ações constantes e a presença das equipes, nós pretendemos quebrar esse ciclo do desmatamento".

A segunda etapa da operação começou no dia 15 de julho e entra na reta final. Entre as apreensões estão 15 veículos, 8 armas de fogo, 24 motosserras, mais de 1,3 mil metros cúbicos de madeira em tora e mais de 245 metros cúbicos de madeira serrada.

Durante as ações, mais de 25 mil hectares de terra foram embargados pelos fiscais. Também foram feitos até agora 16 procedimentos policiais (entre flagrantes e TCOs) e 4 pessoas foram presas. A ação dos 150 agentes continua em sete frentes de trabalho, que abrangem 15 municípios do interior do Pará.