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SEGURANÇA

Pará tem queda de 80% nos roubos violentos contra agências bancárias

Por Dayane Baía (ARCON)
01/07/2020 20h14

Apenas duas ocorrências de roubo na modalidade conhecida como vapor/ novo cangaço, caracterizada pela violência das quadrilhas quando chegam a uma cidade, foram registradas entre os meses de janeiro e junho deste ano, queda de 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Os investimentos do Governo do Pará em pessoal e na estrutura da Polícia Civil, especialmente à Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro, foram fundamentais para o alcance do resultado.

Segundo o delegado titular da unidade, Fausto Bulcão, o efetivo de delegados e investigadores foi triplicado no ano passado, com incremento no material e infraestrutura que permitiram foco maior nas investigações para desarticular as quadrilhas, localizando-as e atuando junto à Justiça para a prisão dos integrantes.

Delegado Fausto Bulcão: trabalho preventivo é fundamental para evitar crimesNesse tipo de roubo, os assaltantes instalam terror e pânico na cidade para explodir instituições bancárias. O termo foi usado no Pará no início da década de 2000, mas a forma de atuação também é comum no Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. “Eles chegam atacando as delegacias e quartéis da cidade, fazendo reféns, para detonar o banco”, explica o delegado.

As duas ocorrências se deram em Ipixuna do Pará, nordeste paraense, em 30 de janeiro, e em São Domingos do Capim, na mesma região, no dia 3 de abril. Ambas já foram elucidadas, com a prisão de praticamente todos os envolvidos. Além disso, a Polícia Civil prendeu 35 pessoas, apreendeu 13 armas de fogo e 120 emulsões explosivas e recuperou R$ 140 mil.

A pandemia do novo coronavírus não favoreceu o aumento de casos. “A circulação de valores foi maior em decorrência do auxílio emergencial. O comportamento de queda começou a se apresentar antes de março, quando tínhamos apenas uma ação até então. Em 3 de abril, ocorreu uma situação. Sabemos de outras que estavam sendo planejadas, mas com as investigações anteriores avançadas, conseguimos evitar”, informou.

Em Moju, no Baixo Tocantins, quatro integrantes de uma quadrilha que se preparava para atacar uma agência na cidade foram presos. Com eles, foram apreendidos quatro fuzis. “As quadrilhas vêm sendo desarticuladas desde o ano passado, com integrantes presos e responsabilizados e armamentos e veículos apreendidos. Quando se tira o criminoso da rua e se retira dele a estrutura, torna-se dificultoso para que ele retorne ou os comparsas se organizem para um novo crime”, avalia o delegado.