Órgãos de Segurança Pública apoiam campanha contra violência doméstica na pandemia
Ação terá o auxílio da Polícia Civil, Polícia Militar e Centro Integrado de Operações (Ciop)
De forma silenciosa, vítimas serão identificadas a partir de um sinal de x nas mãosA Polícia Civil, a Polícia Militar e o Centro Integrado de Operações (Ciop) estão unidos em apoio à campanha nacional contra a violência doméstica durante a pandemia de Covid-19. Iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a mobilização busca auxiliar mulheres em situação de vulnerabilidade expostas à violência em casa, com a parceria de farmácias que podem identificar e encaminhar para atendimento especializado vítimas a partir de um sinal de x nas mãos.
"É uma campanha silenciosa em que a mulher, quando consegue sair de casa e ir até uma farmácia, pode apresentar esse sinal na mão com um batom vermelho ou outro material acessível. Na farmácia previamente cadastrada na campanha, o atendente, balconista ou a pessoa que recepcionar essa mulher saberá que ela está em uma situação de risco, de violência doméstica e vai acionar o Ciop, por meio do 190, para encaminhá-la para uma delegacia de polícia” - delegada Joseângela Santos, titular da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis da Polícia Civil.
Ficar em casa pode representar um risco maior à integridade física, moral, psicológica, sexual e patrimonial de mulheres pela proximidade de agressores, sobretudo se houver consumo de álcool e drogas, além de tensões psicológicas e econômicas mais evidentes durante a pandemia. O cenário tem sido percebido não apenas no Brasil, como em outros países, de acordo com levantamento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
O isolamento também impõe dificuldades para a vítima realizar a denúncia. Por isso, o governo do Estado oferece canais remotos seja por telefone, nos números 181 e 190, e também na Delegacia Virtual.
Com a campanha, as farmácias cadastradas poderão acionar os agentes, garantindo preservação da identidade e sigilo. “As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) já estão preparadas para atender, assim como os demais órgãos de segurança, como Polícia Militar e Ciop”, acrescentou Joseângela.