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SOLIDARIEDADE

Hemopa recebe doadores voluntários de sangue durante a pandemia

Por Dayane Baía (ARCON)
19/06/2020 20h58

Alcançar a maioridade é o sonho de muitos jovens. Os 18 anos indicam mais responsabilidade e também independência sobre os próprios atos. A tão esperada data foi comemorada de forma especial por Letícia Costa de Moraes, que realizou um desejo antigo e não se deixou esmorecer pelas limitações causadas pela pandemia. A nova adulta foi fazer a primeira doação de sangue no Hemocentro de Marabá. “Sempre tive vontade, e foi uma das melhores experiências que já tive. Acho que todo mundo tem que ter essa experiência. É muito legal. Doem sangue”, recomendou.

Atitudes como a da jovem são valiosas para auxiliar na independência de pessoas que precisam de sangue. É o caso de Edilson Amador, 46 anos, que tem doença falciforme, condição hereditária que compromete a circulação sanguínea e a oferta do oxigênio aos tecidos no organismo causando dores, anemia, implicações no desenvolvimento infantil. O tratamento inclui transfusões de sangue, e por isso ele é um dos beneficiados com as doações. “Vim aqui porque estava com uma canseira e ver se estava precisando de sangue”.

O presidente do Hemopa, Paulo Bezerra: agradecimentos a quem ajuda a salvar vidasO Junho Vermelho já faz parte do calendário como mês especial dedicado à doação de sangue. “O mês de junho, para nós, da Fundação Hemopa, é sempre o momento de homenagear os nossos doadores voluntários, agradecer aos que comparecem durante o ano inteiro fazendo esse gesto de generosidade e solidariedade, que é muito importante para salvar vidas”, diz o presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra.

Este ano, no entanto, com a pandemia do novo coronavírus, manter o estoque do banco de sangue está sendo um desafio, pois houve redução de 40% no número de voluntários. Para Paulo Bezerra, neste ano de 2020 o agradecimento é ainda mais especial. “Na pandemia, os paraenses têm sido solidários com a causa da doação de sangue, mesmo tendo uma redução natural pela questão do isolamento social. O paraense continuou contribuindo com esta causa tão bonita que é a doação de sangue”, acrescenta.

Descentralização - No Pará existem unidades de coleta de sangue em nove municípios:  Abaetetuba, Altamira, Belém, Capanema, Castanhal, Marabá, Santarém, Redenção e Tucuruí. Todas têm a missão de garantir o abastecimento de sangue para a rede hospitalar estadual, sobretudo para hospitais com especialidades como oncologia, traumatologia e urgência e emergência.

Neste sábado (20), o Hemocentro de Marabá abre para receber caravanas de municípios vizinhos. O atendimento será na Rodovia Transamazônica, Quadra 12, s/n (Agrópole do Incra), no horário de 7h30 às 15h. Todas as unidades de coleta de sangue do Pará estão com medidas de segurança e higienização reforçadas. Não existe risco de contágio do novo coronavírus.

A Fundação Hemopa ressalta que a doação de sangue é rápida e segura. A quantidade de sangue doada é de aproximadamente 450ml, que o organismo repõe em 24 horas. As bolsas coletadas seguem o fluxo do ciclo do sangue, que consiste em coleta, processamento, fracionamento, armazenamento e distribuição. Neste processo, o material passa por sorologia com mais de 30 exames específicos, e são separados os hemocomponentes.

Para ser doador de sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal), ter mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde. Antes de ir para a unidade de coleta, é importante que o cidadão esteja bem alimentado. No momento do cadastro, o voluntário deve apresentar documento de identificação oficial, original e com foto, que pode ser RG, CNH, Passaporte ou Carteira de Trabalho.