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Programa Classe Hospitalar prepara interiorização de ações para 2018

Por Redação - Agência PA (SECOM)
06/12/2017 00h00

O Programa Classe Hospitalar, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), deverá ter suas ações interiorizadas a partir de 2018. A informação foi externada por gestores do programa e da organização social de saúde Pró-Saúde, durante o I Encontro Estadual da Classe Hospitalar e Atendimento Domiciliar, no auditório do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC) do Governo do Estado, no bairro do Marco, nesta quarta-feira (6).

“Estamos em negociação com a Pró-Saúde, organização social de saúde, responsável por hospitais em Belém e em outros municípios do Estado, para que em 2018 a gente possa atuar com o Classe Hospitalar em Santarém”, afirmou a coordenadora do Programa Classe Hospitalar, Fernanda Borges.

A intenção de possibilitar que estudantes de Santarém, na região do Oeste do Estado, possam ter seus estudos ao mesmo tempo em que recebem tratamento médico no Hospital Regional daquele município foi confirmada pelo diretor regional hospitalar da Pró-Saúde, Paulo Czrnhak. “Estamos estudando essa possibilidade para ampliar o atendimento aos pacientes no Estado”, disse.

O Classe Hospitalar atende 75 pacientes no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo e mais 25 no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência de Ananindeua, ambos administrados pela Pró-Saúde. Ao todo, na Região Metropolitana de Belém, o programa atende 500 pacientes por mês, considerando a rotatividade dos internamentos, em sete unidades hospitalares e no atendimento domiciliar.

O programa visa oportunizar a continuidade dos estudos para crianças, adolescentes, jovens e adultos das redes estadual e municipal de ensino durante internação e tratamento em hospitais públicos na Grande Belém.

Estudantes internados poderão fazer provas do Enem no hospital

Outro projeto em estudo pela Seduc e Pró Saúde para 2018 é tornar possível aos estudantes fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em um espaço específico nas unidades hospitalares. O diretor Paulo Czrnhak anunciou a proposta ao se pronunciar no Encontro. Em breve, os educadores e gestores envolvidos no programa irão contatar a Coordenação do Enem, no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), visando a organização do espaço hospitalar para a atividade pedagógica.

A coordenadora da Educação Especial da Seduc (Coees), Kamila Vallinoto, destacou que o Encontro funciona como um marco para os profissionais envolvidos no “Classe Hospitalar”, em 15 anos de funcionamento do programa.

As atividades pedagógicas do programa são desenvolvidas por um grupo de 33 professores. Nas aulas, os pacientes recebem conteúdos do Ensino Fundamental e Médio regular e mais a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Nove estudantes do setor do Hospital Octávio Lobo apresentaram números musicais e entregaram presentes aos dirigentes do Classe Hospitalar e convidados do Encontro. O evento contou com 250 participantes. “É bom poder estudar durante o tratamento”, afirmou o aluno Mikael Artieri Oliveira, 11 anos, atendido no Hospital Octávio Lobo.

A professora Eneida Simões da Fonseca, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), fez a palestra magna sobre “A escola no Hospital: direitos e deveres”, em que pontuou ser a educação hospitalar um direito permanente de crianças e jovens e que esse atendimento deve ser compreendido como uma política de Estado. A professora e pesquisadora da UEPA, Ivanilde Apoluceno, destacou a realização oportuna do Encontro para discutir necessidades e avanços da educação hospitalar no Estado.