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Ação da Cosanpa busca identificar vazamentos em 20 bairros de Belém

Equipes da Companhia de Saneamento do Pará irão analisar 2.630 quilômetros de rede de distribuição de água

Por Tayná Horiguchi (COSANPA)
17/06/2020 11h47

Equipes da Cosanpa já começaram a trabalhar na primeira etapa da ação, que vai atender 20 bairros da capital paraense

Reduzir as perdas, o desperdício e melhorar a pressão na distribuição de água. Essas são as metas da nova ação realizada pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), em Belém. A Companhia iniciou a primeira varredura para identificar vazamentos em pelo menos 20 bairros da capital.  

Serão realizadas duas varreduras: a primeira ocorrerá de junho de 2020 a fevereiro de 2021, e a segunda varredura de dezembro de 2020 a agosto de 2021.

“A pesquisa de vazamento é mais uma etapa do Projeto de controle e redução de perdas, que engloba a substituição de todas as redes de cimento amianto da cidade. A pesquisa de vazamento trabalha com a redução das perdas reais, que são as perdas físicas ocasionadas pelos vazamentos nas redes de distribuição de água. Então, como estamos substituindo as redes antigas, precisamos identificar se as redes existentes, que vão ser aproveitadas, têm vazamentos ou não" - Tatiana Costa, engenheira responsável pela obra.

A pesquisa irá detectar vazamentos visíveis e não visíveis: o visível é aquele que é possível identificar facilmente pela mancha de água na rua, já o não visível não apresenta mancha de água ou qualquer visibilidade. Para identificá-lo, é necessário usar equipamentos especiais, como as hastes de escuta e o geofone. O geofone amplifica através de ruídos o som da água e, então, é possível identificar se há vazamento antes da escavação.

As equipes irão analisar 2.630 quilômetros de rede

"Nós vamos fazer uma primeira varredura em todo o trecho de rede das áreas norte e sul de Belém para verificar onde têm vazamentos. Depois, a Cosanpa irá preparar uma ação de retirada de vazamento para a correção. No segundo momento, quando entrarmos na etapa de setorização, onde a linha de distribuição existente hoje vai alcançar novos valores de pressão, de distribuição de água, vamos fazer uma segunda varredura para verificar se existem novos vazamentos e se aqueles que foram retirados durante a primeira varredura foram realmente corrigidos”, explicou a engenheira da responsável pela obra, Tatiana Costa.

As equipes irão analisar 2.630 quilômetros de rede, que representa o dobro da extensão total de redes de distribuição da área de abrangência do projeto, já que estão previstas duas varreduras: na primeira varredura serão identificados os vazamentos visíveis e os não-visíveis com maior ruído e na segunda varredura os vazamentos que produzem menos ruídos e podem ser “abafados” pelos vazamentos que produzem mais ruídos. Geralmente, os vazamentos de menores ruídos são os vazamentos de maiores proporções, por isso é imprescindível a segunda varredura de pesquisa. 

Investimento -  A pesquisa de vazamento faz parte do projeto de controle e redução de perdas que também está substituindo todas as redes de cimento amianto de Belém. Ao todo, serão substituídos 150 quilômetros de redes antigas por redes novas em PEAD (Polietileno de Alta Densidade), além da instalação de 50 quilômetros de reforço. Em paralelo, atualização de cadastro e instalação de 150 mil hidrômetros também estão sendo realizados. O investimento é de cerca de R$ 250 milhões.

“Como faz parte do projeto de controle e redução de perdas, a gente vai conseguir reduzir as perdas reais ocasionadas por vazamentos. Além disso, vamos eliminar pontos de contaminação de rede, porque a medida que nós temos uma parada e aquela rede deixa de ficar com carga -  passa a não ter água - quando o sistema é religado há a chamada pressão negativa, que é o momento em que o ar – se uma pessoa abre a torneira, por exemplo – puxa toda a sujeira e detritos que possam existir no tubo. E, então, quando o sistema é religado, a sujeira entra na rede pela fissura do vazamento ou da ligação clandestina. Com a retirada dos vazamentos, iremos reduzir as possibilidades de contaminação na rede também”, detalhou a engenheira.