Seap já realizou mais de mil atendimentos a servidores afastados pela Covid-19
Servidores de áreas essenciais comemoram a recuperação
Para garantir o bem-estar de servidores e auxiliar o sistema de saúde público que luta para atender a demanda causada pela pandemia da Covid-19, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) já realizou, até terça-feira (19), mais de mil atendimentos a servidores com sintomas de Covid-19. O trabalho é feito pela Coordenadoria de Assistência e Valorização ao Servidor (CAVS), da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), além de contar com apoio médico da Diretoria de Assistência Biopsicossocial (DAB).
O sargento Gilvandro Gomes, do Comando de Operações Penitenciárias (Cope), recebe alta
Os números contabilizam tanto atendimentos presenciais, quanto ligações e videochamadas. As equipes multiprofissionais, compostas por assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e nutricionistas, fazem testes rápidos, acompanhamento e verificação de necessidades dos servidores já afastados. Atestados, receitas e medicamentos são prescritos por médicos da Seap. Para atender a demanda de infectados do quadro funcional, a secretaria também solicitou o apoio de servidores de outros setores para darem auxílio ao trabalho de acompanhamento e suporte médico oferecidos aos afastados.
Visitas institucionais às unidades penitenciárias são realizadas para dar orientações, trabalhar medidas preventivas relacionadas à doença e receber as demandas de cada casa penal. “Com intuito de realizar trabalhos preventivos e educativos aos servidores da Seap, por considerar que a ambiência de seus locais de trabalho é potencialmente oportuna à possível propagação da doença que encontra, dentro das aglomerações, fator essencial para sua dispersão, o trabalho aludido tem como premissa a promoção à prevenção, segurança, apoio e acolhida aos servidores que compõe o quadro institucional”, disse Jessica Pontes, diretora de Gestão de Pessoas da Seap.
Trabalhadores das áreas essenciais, na impossibilidade de parar seus serviços em prol do bem social, estiveram expostos mas comemoram a recuperação. A diretora de Logística, Patrimônio e Infraestrutura (DLPI), Kamila Costa, chegou a ter 40% do funcionamento pulmonar comprometido. Além do tratamento de 21 dias, ela enfrentou a dificuldade de distanciamento dos filhos. “É angustiante, mexe com o emocional. Sei que o momento é difícil, mas precisamos nos unir. Cada um precisa fazer a sua parte, precisamos trabalhar e nossa secretaria não está medindo esforços para que possamos trabalhar com segurança. Nunca mais vou deixar de abraçar. Nos dias de isolamento, o que mais queria era que meus filhos entrassem no quarto e me dessem um abraço”, afirmou Kamila, que já está recuperada e de volta ao trabalho.
Robson Pantoja, diretor da Central de Triagem Metropolitana III (CTM III) diz que valoriza mais a vida após a doença
Para o diretor da Central de Triagem Metropolitana III (CTM III), Robson Pantoja, a luta contra a Covid-19 teve duração de 19 dias, dos quais 7 foram em internação hospitalar. Ele conta que recebeu suporte da Seap pelos contatos telefônicos, fornecimento de medicação e ações de atenção. Ainda em recuperação, Pantoja recomenda aos colegas de trabalho que sigam as orientações quanto ao distanciamento social, uso contínuo de máscara e cuidados com a higiene das mãos. “A doença deixou como lição que devo valorizar cada vez mais a vida e as coisas simples que ela oferece, como estar em família, entre amigos e tudo que a vida oferece de bom, inclusive a oportunidade de poder trabalhar e contribuir com o serviço público”, considerou o diretor.
Após o trabalho em uma ação preventiva de segurança, o sargento Gilvandro Gomes, do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) percebeu os primeiros sintomas característicos da doença, como febre e dor de cabeça. O tratamento inicial durou 15 dias, porém ele precisou ser internado por complicações no quadro, em Capanema. “Estou muito bem, graças a Deus deu tudo certo, Deus me deu essa vitória. Quero agradecer à Seap, ao Comando de Operações Penitenciárias, a todos os oficiais e copeanos. Muito obrigado”, comemorou ao lado da família, em Castanhal, onde mora e se recupera.