Sespa oferece curso de capacitação sobre zoonoses para o Marajó
A coordenação estadual de Zoonoses da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) está realizando desde o dia 29, o Curso de Capacitação e Nivelamento de Zoonoses Itinerante, para os municípios de jurisdição do 7º Centro Regional de Saúde (CRS), que abrange a região do Marajó. “A expectativa é capacitar técnicos envolvidos, que serão multiplicadores em seus municípios”, explicou o coordenador do Grupo de Trabalho de Zoonoses da Sespa, Fernando Esteves.
A atividade, que encerrará nesta sexta-feira, 2 de junho, tem o intuito de capacitar e nivelar conhecimentos para estratégias de ação na Vigilância e Controle de agravos de interesse da Zoonoses – o que engloba animais peçonhentos, raiva animal, leptospirose, hantavirose, febre amarela e controle de animais sinantrópicos, como pombos, roedores urbanos e caracóis.
“O objetivo do curso é habilitar os profissionais de saúde dos municípios em todas as estratégias de ação para controle das zoonoses no estado”, disse Fernando Esteves. “Essa capacitação irá sincronizar as ações de acordo com o perfil de cada município. Assim, esses profissionais serão multiplicadores na formação de novas equipes de controle de zoonoses e vigilância em saúde em geral”, acrescentou.
Na ação, estão sendo realizadas atividades teóricas e práticas de controle dos agravos, inclusive com coleta de encéfalo para diagnóstico da Raiva Animal, no Centro de Controle de Zoonoses de Belém e controle seletivo de quirópteros (morcegos), na estrada de Mosqueiro, localidade de Mari Mari, com apoio do Município de Belém.
Proteção
A Sespa orienta a população a procurar a vacina contra a raiva, que está disponível nos postos de saúde de Belém e do interior. Na capital, há doses da vacina nas unidades mais procuradas de bairros como Pedreira, Sacramenta, Marco, Marambaia e Fátima. “Qualquer pessoa que for mordida por algum animal deve procurar o posto de saúde para comunicar o fato e, se for o caso, se vacinar. A raiva é transmitida por mamíferos, como cães, gatos e morcegos”, frisou Fernando Esteves. Entre 2010 e 2016, o Pará registrou 123.393 acidentes ou agressões a humanos provocadas por esses animais.
No Pará, o último caso é de 2005, registrado em Viseu, município do nordeste paraense. Entre 2004 e 2005, o Estado registrou os maiores surtos de raiva humana até então conhecidos na história do Programa de Prevenção e Controle da Raiva no Brasil. Foram 40 casos transmitidos por morcegos hematófagos, acometendo comunidades rurais e ribeirinhas, a maioria no município de Augusto Corrêa, também na região nordeste.