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Sespa alerta sobre importância do controle da infecção hospitalar

Por Roberta Vilanova (SESPA)
18/05/2020 15h00

Em alusão ao Dia Nacional do Controle da Infecção Hospitalar, transcorrido no dia 15 de maio, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) lembra as principais medidas preventivas para reduzir os riscos desse tipo de infecção nas instituições de saúde do Pará.

A data foi instituída em 23 de junho de 2008, por meio da lei 11.23, com o objetivo de conscientizar as autoridades sanitárias, diretores de instituições e trabalhadores de saúde sobre a importância do controle da infecção hospitalar.

Socorro Mota, diretora da Divisão de Controle da Infecção Hospitalar da Sespa (DCIH), explicou que a Infecção Relacionada à Assistência à saúde (IRAS) é definida pela Portaria MS n° 2616 de 12/05/1998 como “aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares”. Elas representam complicações relacionadas à assistência à saúde e constituem a principal causa de morbimortalidade hospitalar, aumentando o tempo de internação dos pacientes, elevando os custos hospitalares reduzindo a rotatividade dos leitos”, informou. “O uso indiscriminado de antibióticos e o surgimento de germes multirresistentes aos antimicrobianos são fatores que apontam as IRAS como um grave problema de saúde pública”, acrescentou a diretora.

Conforme análise da Anvisa, as IRAS são um problema multifatorial, que exige ações estratégicas de prevenção e controle que devem ser organizadas em conformidade com a lei 9.431/1997. Entre essas ações estão a higienização das mãos; a elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção e controle; a aplicação de medidas de precaução e isolamento; o gerenciamento do uso de antimicrobianos; e protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies.

Covid-19 – A DCIH faz parte do Departamento de Vigilância Sanitária que integra a Diretoria de Vigilância em Saúde da Sespa e desde o início da pandemia de Covid-19 vem participando das ações do Comitê Técnico Assessor de Informações Estratégicas e Respostas Rápidas à Emergência em Vigilância em Saúde referentes à Covid-19.

Um dos trabalhos mais importantes foi a elaboração de seis notas técnicas sobre “Equipamento de Proteção Individual (EPI)”, “Transporte do Paciente”, “Manejo do Corpo”, “Instituição de Longa Permanência”, “Hemodiálise” e “Odontologia”, todas requalificando fluxos, protocolos de precauções e isolamentos referentes à pandemia da Covid-19, considerando a alta transmissibilidade do novo coronavírus por gotículas e até aerossóis.

A enfermeira da DCIH, Priscila de Almeida, especialista em Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar, afirmou que a responsabilidade na prevenção das infecções hospitalares é dos profissionais, do paciente e do seu acompanhante porque envolve um conjunto de medidas que todos devem adotar.

Segundo a especialista, as principais medidas neste momento são a higiene adequada das mãos, não tocar olhos, nariz e boca com a mão não higienizada, usar máscara de forma correta ao sair, respeitar o distanciamento social e manter a limpeza frequente do ambiente. “Dentro do ambiente hospitalar, durante o atendimento de um caso suspeito, existem outras recomendações específicas”, observou Priscila de Almeida.

Priscila de Almeida (foto de arquivo)

Ela explicou que se hoje um paciente se internar para fazer uma cirurgia e for acometido por Covid-19, é difícil reconhecer que a transmissão ocorreu após internação, portanto não será considerada como infecção hospitalar. “No início da pandemia ainda era possível identificar a origem da transmissão da Covid-19, com a transmissão comunitária, isso é muito difícil”, afirmou a epidemiologista, que também é mestre em Gestão e Saúde na Amazônia.