Helder Barbalho reconhece trabalho conjunto de governadores no combate ao coronavírus
Chefe do Executivo Estadual participou na noite desta quinta de videoconferência promovida pela Brazil Conference at Harvard & MIT
Em videoconferência promovida pela Brazil Conference at Harvard & MIT, na noite desta quinta (7), sobre os desafios dos estados diante da pandemia do novo coronavírus, o governador do Pará, Helder Barbalho, reforçou a importância da união entre os Três Poderes para um enfrentamento mais eficaz da doença, com foco tanto no atendimento eficaz de saúde quanto no restabelecimento da economia. Ciente de que o país enfrenta uma condição que entrará para a História, ele admitiu sentir falta de uma liderança referenciada no Governo Federal e disse que os governadores assumiram o papel de cuidar da população.
Além dele, participaram do debate os governadores de São Paulo, João Dória; do Maranhão, Flávio Dino; e do Espírito Santo, Renato Casagrande, mediados pela editora executiva do Estadão Brasília, Andreza Matais. A Brazil Conference at Harvard & MIT busca construir um espaço global para discutir o futuro do Brasil e o seu papel no mundo, assim como servir de plataforma para as ações que irão concretizar esse futuro.
"Quando se estabelece um conflito de mensagem, eu fico imaginando um cidadão do interior, um ribeirinho ou de uma metrópole pensando: que caminho devo seguir, o que devo fazer? Como se o cidadão ou tivesse que escolher pela saúde ou pela finança! Esse vácuo na liderança prejudica o Brasil a atravessar esse momento da maneira menos traumática" - governador Helder Barbalho.
Coletividade
“Quero dizer que reconheço e sou muito feliz de participar de uma geração de governadores que, em um momento de adversidade, se uniu em busca do equilíbrio para garantir e diminuir o sofrimento da nossa população. É isso que esperamos do presidente da República [Jair Bolsonaro], do Ministério da Saúde, dos diálogos com o Congresso Nacional, com o Poder Judiciário, e todos os órgãos envolvidos", completou.
O governador reconheceu que o projeto de ajuda aos estados aprovado recentemente pelos deputados e senadores significa um apoio importante e a garantia de que os serviços básicos – saúde e segurança, principalmente – não faltarão, bem como os investimentos possíveis e o custeio da máquina pública. Em relação à proposta de congelamento dos salários do funcionalismo público, disse "que tudo deve ser analisado com base na realidade de cada Estado", e lembrou que o Pará baixou seu comprometimento com folha de pessoal e possui baixo índice de endividamento com o Governo Federal e entes externos. "Vamos dialogar dentro da agenda que permita que servidores sigam prestando serviços à população", declarou.
Sobre o cenário político, Helder disse que vê um único inimigo nacional nesse momento, que é a Covid-19.
"Qualquer outro adversário a escolher é equívoco e desserviço ao Brasil, ao brasileiro, e aos milhares em unidades de saúde, unidades de pronto atendimento, prontos-socorros, cemitérios. Me parece que o presidente da República precisa compreender isto, mesmo que tardiamente: que precisamos de equilíbrio e serenidade para enfrentar aquilo que temos de problema, e já são quase dez mil mortos. Precisamos ter o olhar em saúde, sem esquecer o âmbito econômico" - governador Helder Barbalho.
Bom presságio – Sobre a aproximação de Bolsonaro com os partidos do chamado "Centrão", Helder Barbalho afirmou ter expectativas de que o movimento signifique uma trégua nos conflitos e uma iniciativa de priorizar as necessidades do país.
"Espero que siga a lógica da construção de um ambiente de pacificação. Se ficar só brigando, você perde o foco do que a população espera: emprego, renda, desenvolvimento, justiça social, que as agendas dos entes possam ser de progresso. Desejo que este movimento junto ao Congresso seja uma sinalização: 'olha, eu vou parar de querer brigar e vou passar a tentar dialogar no sentido de construir uma agenda propositiva para o Brasil'. Certeza de que os governadores todos querem isso", comentou Helder Barbalho.
"Desejo ver aqui no meu Estado obras importantíssimas de desenvolvimento. Na logística, para que possamos escoar nosso produto, sermos mais competitivos no mercado nacional e internacional. Desejo que as commodities possam ser verticalizadas aqui, seja de minério ou de outras atividades, ou commodities agrárias. Boa parte disso tudo necessita da interlocução, articulação e liderança do Governo Federal. Que esta mudança de rota seja para a prática da grande política, exercida com maturidade, aprimorada, e que a entrega seja de um Brasil melhor", finalizou o governador.