Alunos portadores de necessidades especiais participam de exposição
Música, dança, arte e cultura como formas de expressão fizeram parte da exposição que a Unidade Educacional Especializada Professora Yolanda Martins e Silva, no bairro do Marco, realizou nesta terça-feira, (6). Denominada grafismo indígena - uma arte abstrata -, a exposição foi produzida pelos alunos da unidade especializada que atende portadores de necessidades especiais.
Na sede da escola, localizada na avenida Lomas Valentinas, passagem Hortinha, o auditório se transformou em uma grande aldeia indígena, com pinturas em telhas, murais em todos os tamanhos, reprodução de uma mesa com todos os alimentos produzidos por índios, cestarias e exposição de materiais utilizados para pintura corporal dos indígenas - o urucum.
A atividade foi montada pelas professoras de Arte, Glaúcea Freire, Michele Araújo e Elenise Pimentel, de educação física. A exposição marca o encerramento das atividades do semestre. “Estamos mostrando aqui o grafismo do indígena e a relação desse povo com a natureza em várias formas para facilitar o acompanhamento e desenvolvimento de alunos através da psicomotricidade, trabalhando a coordenação motora, a atenção, ação, reação, percepção visual e a parte sensorial,” explicou a professora Gláucea Freire.
A participação dos alunos aconteceu de várias maneiras, na pintura das peças, na montagem do ambiente, como forma de interagir e se integrarem às atividades.
A música e a dança também fizeram parte das atividades. A professora Elenise Pimentel, subiu ao palco para utilizar a dança para fazer a reprodução da cena do parto indígena no meio da floresta, como faziam os ancestrais do povo.
A enfermeira Edna Souza, que tem o filho Juan, de 21 anos, matriculado no Instituto, avaliou de forma muito positiva a realização da atividade. “É fundamental para a socialização dele. Sei que ele não participou das atividades dos grafismos mais definidos, mas reconheço o traço dele em alguns trabalhos expostos. Ele tem autismo severo e não verbaliza nada, e sei que ele gosta muito de música e ele consegue se expressar e informar quais ritmos gosta mais, quais músicas o deixam mais calmo”, explicou a mãe do aluno.