Com orientação da Emater, abrigados em escola revitalizam horta
A ideia é capacitar 18 homens e mulheres em situação de rua para reativar e expandir o plantio
Com a orientação do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), moradores de rua de Bragança, na região do Salgado, em quarentena por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus, estão aproveitando para revitalizar a horta da Escola Municipal de Ensino Fundamental Júlia Quadros Peinado, onde estão abrigados pela Prefeitura.
Atividades ocorre na Escola Municipal de Ensino Fundamental Júlia Quadros PeinadoFoto: Ascom / EMATERA iniciativa da Secretaria Municipal de Trabalho e Promoção Social (Semtraps) e do Centro de Referência Especializada da Assistência Social (Creas), com o apoio da Emater, visa, a princípio, capacitar 18 homens e mulheres em situação de rua para reativar e expandir um espaço de 30m x 40m com sementes e mudas de alface, couve, tomate-cereja, limão, acerola, entre outras espécies. Os insumos e ferramentas serão doados ou intermediados pela Prefeitura e Emater.
A primeira reunião foi realizada no último dia 15 de abril, para repasse de diretrizes, percepção da área, limpeza do terreno e planejamento do cronograma. Até maio, os primeiros plantios já devem acontecer. Todo o envolvimento é voluntário.
O objetivo, além de contornar a ociosidade da quarentena e de melhorar o espaço da escola para quando as crianças voltarem, resultará em qualificação para os próprios moradores de rua, muitas vezes sem oportunidade de trabalho e geração de renda.
“Torcemos para que esta situação do coronavírus não dure o suficiente para que a colheita da horta sirva à alimentação do grupo da quarentena, mas essa também é uma possibilidade. Ali são alimentos saudáveis, de qualidade, relativos às tradições alimentares do município” - Leonardo Miranda, engenheiro de pesca da Emater.
“Acreditamos que, além da reativação da horta escolar, as pessoas do abrigo estão tendo a chance de adquirir conhecimento para futuramente exercer atividades que permitam até o empreendedorismo”, complementa o engenheiro agrônomo da Emater, Adriano Paixão.