Moradores de Algodoal são qualificados como condutores de trilhas
Um grupo de 30 moradores das comunidades localizadas dentro e no entorno das Unidades de Conservação pertencentes a Área de Proteção Ambiental (APA) Algodoal-Maiandeua participam, entre os dias 5 e 10 deste mês, do curso de Condutores de Trilhas e Caminhadas, do segmento de turismo de natureza, promovido pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur), por meio do Programa Estadual de Qualificação do Turismo (PEQTur), com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Florestal e Biodiversidade (Ideflor-Bio), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e Instituto Federal do Pará (IFPA).
Composto de uma parte teórica, nos cinco primeiros dias, e outra prática, no próximo sábado (10), com a realização da Trilha da Rocinha, o curso tem como objetivo levar conhecimentos específicos das trilhas existentes nas Unidades de Conservação (UC) do município de Maracanã, de forma a habilitar os participantes para atuar como condutores em suas próprias comunidades, garantindo um serviço qualificado e seguro aos visitantes de um dos mais atraentes e procurados destinos do Estado do Pará, seja por turistas domésticos, regionais ou nacionais.
Para desenvolvimento do projeto "Condutor de Trilhas e Caminhadas", a Setur conta com recursos do Edital de Patrocínio 2017 do Banco da Amazônia. Com isso, os módulos I, II e III do curso, que serão realizados na APA de Algodoal-Maiandeua, têm garantido o apoio financeiro do banco e do governo federal para qualificação de trabalhadores ligados à atividade turística, promovendo o desenvolvimento integrado da região amazônica.
APA Algodoal
A ilha de Algodoal-Maiandeua recebe grande fluxo de turistas durante a alta temporada. Este fluxo é formado por turistas brasileiros e estrangeiros, acolhidos em pousadas e hotéis. O nome Algodoal tem origem em uma planta nativa, o algodão de seda. Estima-se que a chegada dos pescadores, parentes de habitantes da ilha, tenha ocorrido durante a década de 1920. Algodoal é, também, o nome da maior vila, das quatro que existem na ilha. As outras três são Fortalezinha, Camboinha e Mocooca. Estas quatro vilas são separadas entre si por porções de manguezais e canais de maré.
A ilha tem uma superfície de 19 km² com ecossistemas de rica biodiversidade, apresentando formações conservadas de praias, mangues, lagos de água doce, dunas e igarapés. Os observadores de pássaros podem apreciar a beleza de espécies como guará, garça, pavão, socó, taquerê, gavião caranguejeiro, caracaraí, cebinho do mangue, matirão, colhereira, marreco, papagaio, batuíra de colheira, maçarico branco, pirão gordo e vira-pedra, entre outros.
Há também abundante quantidade de peixes, entre eles pescada amarela, xaréu, tainha, anchova, corvina, gó, cação, mero, gurijuba, dourada, pratiqueira, serra e robalo, bem como moluscos e crustáceos - ostra, mexilhão, turu, sururu, camarão e caranguejo. A fauna da ilha ainda apresenta preguiças, quatis, tamanduás, raposas, gatos maracajás, camaleões, mucuras, macacos de várias espécies, guaxinins, jacarés, jabutis e tartarugas, entre outros. Os manguezais funcionam como berçários de peixes e crustáceos, entre outras espécies.