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Imprensa Oficial reforça transparência do governo no combate à pandemia

Autarquia celebra aniversário cumprindo a sua principal missão, que é comunicar as ações públicas por meio da versão online do Diário Oficial do Estado

Por Julie Rocha (IOE)
14/04/2020 10h20

Diário Oficial do Estado sendo produzido pelos servidores da Ioepa, que estão em home officeA Imprensa Oficial do Estado completa 130 anos de fundação como uma das mais modernas autarquias governamentais do Brasil, cumprindo a sua principal missão - de dar transparência às ações públicas e privadas - desde que lançou seu principal produto, o Diário Oficial do Estado, que em março de 2019 substituiu as velhas tiragens de papel pela visualização online a qualquer hora e em qualquer lugar do mundo.

A tecnologia usada pela Imprensa Oficial permite que em uma situação crítica como a atual, quando o mundo todo está voltado para a adoção de medidas rígidas para conter a proliferação do vírus, o Diário Oficial seja um produto essencial no cumprimento da sua principal missão.

Em uma rotina de trabalho normal, o Diário Oficial do Estado é produzido diariamente por uma equipe de nove profissionais que atuam no turno da noite, das 18h às 24h, na seleção, edição, diagramação, revisão e digitalização do conteúdo que vai ao ar geralmente à meia-noite no site da Imprensa Oficial. Com as medidas do governo do Estado de enfrentamento à doença, a Imprensa Oficial mantém o serviço home office para resguardar a vida dos servidores.

Por medida de segurança, quatro profissionais com mais de 60 anos tiveram que ser afastados por serem do grupo de risco. Mais dois trabalhadores juntaram-se à equipe de sete pessoas que atuam em casa para colocar o Diário Oficial no ar todos os dias. 

Henos Silva Junior passou a trabalhar em casa na diagramação das páginas do DOEO servidor Henos Silva Junior viu sua rotina mudar depois que passou a trabalhar em casa na diagramação das páginas do DOE e diz que sente falta do contato com os colegas de trabalho. “É um ritmo muito diferente da rotina que estamos habituados, pois temos a segurança de fazer a edição em casa, mas falta a interação do ambiente físico”, desabafou ele.

Produção - Todo o serviço de envio das matérias das secretarias e órgãos públicos e privados que serão publicadas no Diário Oficial continua sendo feito pelo sistema e-Diário, com exceção das publicações, editais, licitações e balanços de empresas privadas e prefeituras que são enviados diretamente por um sistema da loja da Imprensa Oficial. 

O que mudou na rotina dos profissionais, contudo, foi a forma de organização do trabalho, como explica o analista de sistemas, Luiz Carlos Lima Costa, que atua no suporte do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e no processo de editoração do Diário Oficial.

“Criamos uma estrutura de pastas no Google Drive similar à do servidor físico da Imprensa Oficial. Utilizamos a conta do e-mail da editoração e compartilhamos com o gmail da equipe. Às 16h, o NTI gera o arquivo unificado que depende da quantidade e do volume das matérias, e a gente se distribui nas tarefas”, explicou.

Edições extras - Completamente adaptado ao trabalho em casa, de onde acessa o sistema sempre que surge uma necessidade, ele é o responsável pela produção das edições extras, que se multiplicaram em 2019.

“Desde que o jornal ficou 100% digital, produzimos edições extras. Antes, saía de duas a três edições por semana, mas agora é todo dia, sendo que a maior parte está relacionada a matérias com ações de combate ao Covid-19, enviadas pelas secretarias” - analista de sistemas Luiz Carlos Costa, que atua no suporte do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e no processo de editoração do DOE.

Com menos páginas que as edições diárias, as extras ganham notoriedade pelo caráter de urgência, sendo produzidas de uma forma bem rápida e publicadas antes das 16h, sempre quando não é possível que um material importante seja publicado nas edições normais. 

Luiz Carlos explica que se não fosse a modernização do Diário Oficial seria impossível produzir tantas edições extras em um momento de pandemia em que o mais indicado é o isolamento social e o trabalho em casa. “Pelo fato dele (o DOE) ser online, não precisamos mais imprimir com uma certa urgência uma quantidade de edições extras como fazíamos no passado, quando só poderíamos colocar a extra no ar se fosse impressa”.

Outra vantagem, explicou, está na garantia da validação jurídica das páginas onlines que podem ser comprovadas facilmente com o carimbo da Imprensa Oficial localizado no final edição, que garante autenticidade no documento.

Jorge Panzera, presidente da Imprensa Oficial130 anos de história

Criada por um decreto do governador Justo Leite Chermont em 14 de abril de 1890, a Imprensa Oficial contabiliza muitos avanços em busca de modernização, não só no Diário Oficial, mas também a partir da instituição de uma política pública de edições. No entanto, os 130 anos não serão comemorados por conta das medidas adotadas pelo governo do Estado de enfrentamento à pandemia do Covid-19. 

“Excepcionalmente hoje, não teremos festas nem comemorações. Nossa missão é melhorar ainda mais a eficiência do nosso trabalho de publicação e transparência dos atos do governador para orientar a sociedade paraense sobre os cuidados com a pandemia da Covid-19” - Jorge Panzera, presidente da Imprensa Oficial.

No comunicado, Panzera informa que, a partir das recomendações da Organização Mundial da Saúde, foi possível adaptar a tarefa de publicar o DOE em casa, sem prejuízo das edições. “Estamos muito otimistas com as medidas adotadas pelo governador Helder Barbalho e sabemos que quando tudo isso passar é certo que teremos muitas vitórias a comemorar”.  

Ele também lembrou das principais ações já implementadas pela atual gestão, que são motivo de comemoração, como a própria edição do Diário Oficial 100% online, a criação da política de edições de livros com a criação da editora pública e de um edital literário para todas as regiões do Estado, além das ações do Portal do Conhecimento, fomentando a criação de pequenas bibliotecas comunitárias em escolas, centros comunitários e associações.