Grupamento Fluvial ajuda a entregar 150 cestas de alimentos à comunidade ribeirinha
Barco André Luiz, pertencente ao GFlu, e duas lanchas foram usadas no transporte dos alimentos
Cerca de 10 agentes do Grupamento participaram da açãoO período de pandemia do novo Coronavírus mudou a realidade de pessoas, principalmente as mais carentes, não só das grandes capitais, mas também de famílias que moram em ilhas próximas à Belém. Pensando nisto, o grupo voluntariado “De Coração”, a Associação Paraense de Ginecologia e Obstetrícia (APGO) e o Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu), vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), realizaram a distribuição de 150 cestas básicas, nesta sexta-feira (10).
Os beneficiados foram os familiares de alunos do anexo Urubuoca, que pertence a Escola Estadual de Ensino Fundamental Professora Marta da Conceição, moradores da ilha de Urubuoca, Ilha Longa, Ilha Nova, Arapiranga, Paqueta, Ilha dos Patos, Ilha da Barra e Jararaca, além de moradores que não possuem vínculo com a instituição de ensino.
Barco André Luiz, do GFlu, foi usado na entrega das cestasO barco André Luiz, pertencente ao GFlu, se deslocou com os alimentos no início da manhã e todas as medidas de proteção foram tomadas na entrega das cestas básicas aos ribeirinhos. Foram empregadas ainda duas lanchas para facilitar a chegada dos alimentos até os portos. Aproximadamente 10 agentes do Gflu participaram da ação.
A arrecadação das doações é feita pela diretora da escola, Lorena Magalhães, grupos solidários e integrantes do GFlu.
“O Grupamento sempre realiza ações como esta que estamos fazendo hoje, sendo essa a primeira do ano, inclusive. A realidade de quem mora nas ilhas é muito diferente e se torna ainda mais difícil neste período de distanciamento” - Arthur Braga, diretor do GFlu.
Além do caráter social, medidas como essa também auxiliam na proximidade entre as instituições de segurança e os moradores ribeirinhos, trazendo mais paz para as comunidades. Episódios como assaltos a embarcações e em residências, por exemplo, vêm diminuindo, enquanto que as operações policiais já se tornaram uma constante.
“É muito importante que tenhamos esse contato com as pessoas que moram nas ilhas para poder construir uma relação de confiança, e assim fazer com que eles também se tornem um braço da segurança pública, ao fazer denúncias, por exemplo. Somente com a ajuda da população podemos melhorar a atuação e agir com maior eficácia, pois eles que estão no local, sabem de informações que podem ser essenciais em uma diligência”, ressaltou o diretor.
Duas lanchas também deram apoio ao transporte dos alimentosAlém da ação social, o Gflu também está realizando ações de orientação e de repressão, quando necessário, para fazer cumprir o decreto nº 609/2020, coibindo o funcionamento de estabelecimentos não essenciais, aglomeração de pessoas e o deslocamento intermunicipal, principalmente. O enfrentamento da pandemia ocorre nos portos da capital e nos municípios do interior do Estado, especialmente aqueles onde o acesso se dá exclusivamente pelos rios.
Estão sendo desenvolvidas ações de conscientização nos portos, junto aos proprietários de embarcações e também aos passageiros que utilizam o transporte hidroviário. O GFlu também atua nos municípios e localidades ribeirinhas, monitorando o fluxo das embarcações e de pessoas para a capital e vice e versa.