Curso da Uepa amplia matriz e passa a se chamar Engenharia Ambiental e Sanitária
A nova estrutura curricular já pode ser consultada na área de cursos do Centro de Ciências Naturais e Tecnologias
O curso anteriormente intitulado Engenharia Ambiental, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), passa a se chamar Engenharia Ambiental e Sanitária. A mudança acompanha a ampliação da estrutura curricular, em acordo com as diretrizes do Ministério da Educação (MEC) e é resultado de amplo debate entre alunos, professores e Reitoria, entrando em vigor neste primeiro semestre de 2020 com a publicação da Resolução de Aprovação do Conselho Universitário (Consun).
Todas as mudanças foram efetuadas por meio de reuniões com o Núcleo Docente Estruturante (NDE) e levadas para o Colegiado do Curso, seguindo os demais trâmites orientados pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). O Projeto Pedagógico do Curso (PPC), além de observar todas as resoluções necessárias oriundas do Conselho Nacional de Educação (CNE), já foi construído levando em conta a Resolução CNE/CES Nº 2, de 24 de abril de 2019, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia, e a Resolução Nº 7 CNE/CES, de 18 de dezembro de 2018, que estabelece as diretrizes para a extensão na Educação Superior Brasileira. Pretende-se com este novo PPC trazer melhorias do processo de construção acadêmica para o futuro profissional de Engenharia Ambiental e Sanitária.
Para a diretora do CCNT, Eliane Coutinho, a importância desta atualização é a ampliação da formação e também das oportunidades profissionais. “Como Engenharia Ambiental os profissionais possuem 14 habilidades para atuação e com a mudança passou para 18 habilidades, e assim podem concorrer a mais vagas nos processos de admissão, tanto nas empresas públicas como privadas”, afirmou a diretora em relação à Resolução CONFEA nº 218, de 19 de junho de 1973, que discrimina as atividades das diferentes modalidades da Engenharia.
Com esta nova titulação o engenheiro ambiental e sanitarista passará a ser regido pela Resolução CONFEA nº 310/1986, que o torna um profissional nas áreas de saneamento e meio ambiente. Esta mudança se reflete também nas futuras melhorias que estes novos profissionais podem trazer à área de saneamento do Estado e todas as mudanças socioeconômicas que este saneamento acarreta.
A coordenadora do curso, Aline Sardinha, ressalta que o impacto positivo da ampliação educacional deste profissional pode repercutir, inclusive, neste contexto de controle e prevenção de pandemias. “Agora o egresso poderá dimensionar projetos de sistemas de abastecimento e tratamento de água, redes coletoras e de tratamento de esgotos, projetos de drenagem de águas pluviais, projetos de aterros sanitários e industriais, entre outros, assim como atuar em várias frentes da saúde pública. Ressaltando que estamos em uma região que apresenta um dos menores índices de acesso a serviços de saneamento do Brasil, que agora com a pandemia, pode-se perceber de forma mais enfática a enorme importância do saneamento ambiental, pois assim como ocorre com outros microorganismos patogênicos, alguns pesquisadores acreditam que o vírus do SARS-CoV-2 também podem ser eliminado pelos dejetos humanos”, defendeu.
Segundo a professora, ainda, foi realizada uma audiência com todos os alunos dos campi onde se oferta o curso para apresentar o novo PPC e explicar como funcionaria a equivalência, para alunos que já estavam cursando com nome anterior. Na ocasião, a maioria dos discentes optaram por realizar a adaptação curricular, e todos já sairão com o novo título. Aos alunos que ingressaram em 2015, que obtiveram a conclusão do curso, também foi dada a opção de solicitar o apostilamento do diploma para obter a nova titulação. O tempo de integralização do curso permanece inalterado, com 10 semestres e 5 anos de duração.
O projeto pedagógico do curso também pode ser acessado em dois volumes e está disponível para download no site da Prograd/Uepa.